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OMS rejeita pedido de mudança nas Olimpíadas apesar do vírus zika

Organização Mundial da Saúde respondeu a uma carta de cientistas que pedia o cancelamento das Olimpíadas no RJ. Entidade considera medida exagerada.

Apesar das evidências que sugerem que realizar as Olimpíadas no Rio de Janeiro poder ser uma péssima ideia graças ao surto do vírus zika e a fatores econômicos, parece que, por enquanto, tudo fica do jeito que está.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) soltou um comunicado no sábado (28) informando que mudar ou cancelar as Olimpíadas teria pouco impacto na disseminação do zika. A organização também sugeriu que a única forma de evitar a proliferação da doença é com recomendações de segurança pública.

“As pessoas continuam viajando entre esses países e territórios por diversos motivos. A melhor forma de reduzir o risco da doença é seguir recomendações de saúde pública em viagens,” escreveu.

A resposta vem após 150 cientistas ao redor do planeta assinarem uma carta aberta à diretora geral da OMS, Margaret Chan, sugerindo repensar os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. A carta dizia, entre outras coisas, que 500.000 estrangeiros indo para a mesma cidade vai facilitar a proliferação da doença por países pobres e que não foram ainda atingidos pelo surto.

“É antiético correr o risco, apenas para que os Jogos aconteçam do mesmo jeito, que sejam adiados e/ou movidos,” defendem os cientistas.

Com quase 60 países e territórios com casos do vírus zika, tanto a OMS quanto os críticos concordam que as pessoas devem seguir medidas de saúde quando estiverem viajando.

De acordo com a OMS, mulheres grávidas não devem viajar para áreas e viajantes sexualmente ativos devem fazer sexo com segurança. As pessoas devem usar roupas protetoras para evitar picadas de mosquito e devem evitar áreas com falta de saneamento básico.

“Se esses conselhos forem seguidos uniformemente, nenhum atleta vai ter que escolher entre se arriscar a pegar uma doença ou participar de uma competição que muitos se prepararam a vida inteira,” continua a carta.

[BBC]

Imagem via AP

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