_Gizmodo

Os melhores posts Por que o Core i7 é um monstro lindo

Durante o mês de aniversário, vamos republicar os 20 posts que mais bombaram na história do Giz, caso você tenha perdido algumas das coisas bacanas que passaram aqui. Divirta-se. Você provavelmente já reparou que os grandes fabricantes de computadores – Dell, Gateway e outras – começaram a usar um novo chip Intel com um nome bizarro: o Core i7. Você talvez já tenha visto alguns testes de desempenho e novidades que mostram que este processador é O cara. Bem, estamos bem animados com o Core i7, então aqui está um guia rápido para mostrar porque ele é realmente sensacional.

Você provavelmente já reparou que os grandes fabricantes de computadores – Dell, Gateway e outras – começaram a usar um novo chip Intel com um nome bizarro: o Core i7. Você talvez já tenha visto alguns testes de desempenho e novidades que mostram que este processador é O cara. Bem, estamos bem animados com o Core i7, então aqui está um guia rápido para mostrar porque ele é realmente sensacional.

A Intel desenvolve seus chips no chamado ciclo tick-tock. O tick é a melhora da atual microarquitetura, ou seja, encolher o bastardo e diminuir seu consumo de energia, entre outros ajustes. E o tock é o lançamento de uma microarquitetura totalmente nova.

O Penryn, por exemplo,
foi o tick após o tock Core 2 – o processo de fabricação foi encolhido de 65 nm para 45 nm (para os nerds de plantão, 1 nanômetro = pouca coisa, de verdade). O Core i7 é um tock que usa uma microarquitetura completamente nova, apelidada de Nehalem. O Core i7 Nehalem é um grande passo à frente, consertando várias deficiências que afligiam a Intel e que a sua concorrente direta, a AMD, já tinha consertado anos atrás. Então, aqui estão as quatro coisas que fazem este chip espetacular:

Adeus, front side bus
A antiquada configuração de front side bus (barramento frontal) há muito tem sido um obstáculo aos chips da Intel, e a empresa está finalmente mandando o desgraçado pro espaço. Explicando de forma simples, o FSB carrega dados entre a CPU e o memory controller hub (MCH, hub controlador de memória ou northbridge), mas deixou de ser uma solução muito boa com a chegada de múltiplos núcleos (cores). No seu lugar entra uma nova tecnologia chamada QuickPath, que acabará com os velhos gargalos e tornará o funcionamento de vários núcleos ainda melhor. A QP utiliza conexões diretas ponto-a-ponto, com uma banda de aproximadamente 25 GB/s, muito mais rápido do que o FSB pode oferecer. O lado negativo dessa história é que, logicamente, para poder usar esse benefício, você terá que encontrar uma placa-mãe que seja compatível com QP. Esse conceito é meio que chupado da AMD, com o seu HyperTransport fazendo isso há um tempão.

Controlador de memória integrado e memória triple-channel
Muitas das melhoras de performance do Nehalem têm a ver com melhor acesso a memória e banda mais larga. Outra tecnologia usada há anos pela AMD é o controlador de memória integrado, finalmente adotado pela Intel no Core i7. Basicamente isso significa que o controlador de memória fica no meio die da CPU, reduzindo a latência de memória. Antes, com chips Intel, a comunicação tinha que acontecer pelo FSB, deixando tudo muito leeeeeeeeeento. O último bônus de memória é que o Core i7 tem suporte a memória triple-channel. Neste momento, você provavelmente está em um computador que usa memória dual-channel (grosso modo, com dois pentes de memória que juntos possibilitam maior transferência de dados). O Core i7 fará com que três pentes de RAM sejam o novo padrão – por isso fique de olho, haverá configurações com 6 GB e 12 GB de memória.

O retorno do Hyper-Threading
Intel abandonou o Hyper-Threading depois do Pentium 4, mas agora ele está de volta no Core i7 (e no Atom, mas, na boa, pfff). Basicamente, é uma tecnologia de processamento paralelo que roda vários threads simultaneamente. Traduzindo, ele divide as tarefas de forma que possam ser executadas por um processador ao mesmo tempo, em vez de uma após a outra. Simplificando, isso faz com que a codificação de vídeo e outros processos tipicamente paralelos rodem mais rápido. Estamos interessados em ver que tipo de ganho isso irá gerar em conjunto com softwares programados para utilizar esse benefício, sem falar nos próximos grandes sistemas operacionais, o Snow Leopard e o Windows 7, que supostamente tirarão melhor proveito de cores múltiplos e processamento paralelo do que as atuais versões.

Gerenciamento de energia e overclocking embutidos
Antigamente, a Intel dizia que o overclocking era ruim para seus processadores. Mas agora, com o Core i7, ele já vem prontinho de fábrica. O Core i7 é realmente agressivo no que diz respeito a gerenciamento de energia, mais que o Core 2, então ele dá uma maneirada no consumo quando não está ocupado e uma turbinada quando é necessário mais potência. No BIOS, você pode configurar o overclock da CPU em certas situações, e dá para configurá-las de acordo com medidas térmicas, para não superaquecer.

Pois é, o Core i7 nos deixou animadinhos, e olha que não somos nerds de chips. (Sério!)  É uma grande pena que apenas alguns chips Core i7 estejam disponíveis por enquanto, e todos para computadores de mesa. Não há muitos pontos negativos para os portáteis – salvo a necessidade de novas placas-mãe e pentes de RAM DDR3 já usados em laptops top de linha –, mas antes de você ver o novo chip em um notebook Dell XPS ou MacBook Pro, irá encontrá-lo em vários desktops para games e sistemas de alto processamento gráfico. Laptops com Core i7 provavelmente não aparecerão no mercado antes de meados do ano que vem, mas acreditamos que valerá a pena esperar. Mesmo.

Sair da versão mobile