
Paleontólogos investigam enigmático cemitério de dinossauros
No Canadá, paleontólogos investigam o “Rio da Morte”, um sítio famoso por sua vasta quantidade de ossos de dinossauros, que recebeu o nome de “cemitério de dinossauros”.
Crânios, costelas, fêmures são frequentemente encontrados no principal ponto de escavação, em uma colina próxima ao riacho Pipestone Creek, no estado de Alberta.
Estudos comprovam que o cemitério de dinossauros tem ossos que datam do mesmo período há 72 milhões de anos, durante o Cretáceo Superior. Paleontólogos revelam que mais de 10 mil dinossauros morreram em um único dia por uma enchente que afetou uma rota de migração, gerando o apelido “cemitério de dinossauros”.
Além disso, todos os ossos já achados no local pertencem à espécie dos paquirrinossauros, parente menor e mais velho dos triceratóps.
Os paquirrinossauros tinham até seis metros de comprimento e podiam chegar a mais de duas toneladas quando adultos. No entanto, os espécimes do “Rio da Morte” são de todas as idades, incluindo jovens e filhotes.
O “cemitério de dinossauros” e a atual escavação no local será o foco de um episódio de “Walking With Dinosaurs”, reboot do programa da BBC. A nova série estreia no próximo dia 25.
A nova versão da série usará CGI para contar a história do evento que culminou no “cemitério de dinossauros”, mas também vai mostrar os paleontólogos que investigam o local atualmente.
Emily Bamforth, paleontóloga e curadora do Museu de Dinossauro Philip J. Currie, em Alberta, afirmou à BBC que o “cemitério de dinossauros” é uma das maiores reservas de ossos da América do Norte.
“Há cerca de 100 a 300 ossos por metro quadrado e o sítio tem, pelo menos, um quilômetro quadrado. Ou seja, é um depósito de ossos com enorme densidade e extremamente grande. Por isso, é extremamente importante para a paleontologia”, afirmou.
A história trágica do bando específico de paquirrinossauros do cemitério no Canadá ocorreu milhões de anos antes do asteroide que matou os dinossauros.