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Parasita antigo encontrado em autópsia de múmia conta história de terror atemporal

Análises de tomografia computadorizadas recentemente feitas em um homem mumificado de 375 anos de idade revelaram um nódulo incomum em seu fígado, que aparentemente abrigou “um grande número” de ovos de um fascíola parasita. Os pesquisadores supuseram que o parasita, chamado de Paragonimus westermani, veio do consumo de crustáceos crus, seja por prazer ou, ironicamente, por […]

Análises de tomografia computadorizadas recentemente feitas em um homem mumificado de 375 anos de idade revelaram um nódulo incomum em seu fígado, que aparentemente abrigou “um grande número” de ovos de um fascíola parasita. Os pesquisadores supuseram que o parasita, chamado de Paragonimus westermani, veio do consumo de crustáceos crus, seja por prazer ou, ironicamente, por razões médicas. À época, médicos na Coreia do Sul acreditavam que “suco de lagostim” podia curar sarampo, então é possível que esse pobre rapaz tenha piorado ainda mais antes de morrer. Essa nova pesquisa foi publicada no Journal of Parasitology.

Ovos parasitas (Imagem: Journal of Parasitology)

Esse tipo específico de infecção de paragonimus, chamada de paragonimíase hepática, ocorre quando os vermes parasitas se instalam nos pulmões de uma pessoa ou, nesse caso, seu fígado. Embora o hospedeiro normalmente não sinta nenhum sintoma imediatamente, eles podem eventualmente sofrer de diarreia, vômitos e até mesmo tosse de sangue. Portanto, se essa pobre alma teve sarampo e depois esse parasita, sua morte deve ter sido a tempestade perfeita de terror.

Atualmente, a paragonimíase não é muito comum em boa parte do mundo, mas é ainda encontrada no Sudeste Asiático e em partes das Américas Central e do Sul. A equipe que estudou essa múmia sugere que até 293,8 milhões de pessoas no mundo ainda podem estar sob risco. Então, se você quiser saborear umas ostras cruas novamente, não veja essa foto. Ou essa aqui. Estou avisando.

[h/t New Scientist]

Imagem do topo: Journal of Parasitology

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