Sucesso na Netflix, a 6ª e última temporada de “Peaky Blinders” chegou com tudo, superando até mesmo os novos episódios de “Stranger Things”. O que muitos fãs não sabem é que a série é baseada em uma história real — e a gangue liderada por Thomas Shelby (Cillian Murphy) realmente existiu.
A trama remonta a história europeia do final do século 19 e início do século 20, desde o fim da Primeira Guerra Mundial, passando pela ascensão do comunismo e movimentos operários, até fascismo e nazismo.
Por conta das inúmeras referências a acontecimentos históricos, os fãs questionam o que é real e o que é ficção em “Peaky Blinders”. Pensando nisso, separamos abaixo tudo o que sabemos.
O que significa Peaky Blinders?
Os Peaky Blinders eram uma gangue de jovens criminosos de Birmingham, Inglaterra, que se destacava pelo modo elegante de se vestir, bem incomum para o crime organizado da época.
O mais provável é que o nome seja uma referência aos chapéus pontudos (conhecidos por lá como “peaky”) que eles usavam, provavelmente para esconder o rosto, e por terem boa aparência/serem estilosos (ou “blinders”, na gíria inglesa).
Quando eles atuaram?
A organização atuava na cidade de Birmingham entre 1880 e 1910. Ou seja: na vida real, o período de atividade da gangue foi um pouco diferente do que é mostrado na série.
A história dos “Peaky Blinders”
As terríveis condições econômicas dos trabalhadores britânicos no final do século 19 levou a formação de gangues, que praticavam roubos, abusavam da violência e das chantagens. Além disso, os Peaky Blinders eram responsáveis por casas de jogos, bordéis e diversos estabelecimentos com “má fama” na época.
Os Blinders conseguiram dominar a região de Birmingham após grandes confrontos com gangues rivais. Porém, seu controle sobre a cidade terminou em meados de 1910. No ano em questão, uma gangue maior, chamada de Birmingham Boys, liderada por Billy Kimber, incorporou os integrantes do grupo original. Além disso, os outros membros originais da gangue foram formando famílias, e por isso buscavam novas ocupações para não colocar mulheres e crianças em risco.
Com o tempo, o termo “Peaky Blinders” passou a ser utilizado para descrever qualquer gangue das ruas de Birmingham.
Os personagens reais de “Peaky Blinders”
Um dos integrantes mais influentes da gangue era Kevin Mooney. Tudo indica que o personagem foi uma das inspirações para criar Tommy Shelby. No auge do poder da gangue, Gilbert era seu líder.
Apesar de a série dar traços épicos às ações do bando, os crimes praticados nem sempre eram dois mais nobres. Harry Fowles (Harry cara de bebê), por exemplo, foi preso por roubar uma bicicleta. O mesmo crime foi cometido por um colega de gangue Stephen McNickle — que, inclusive, acabou preso.
Diversos personagens existiram na vida real. Entre eles, destacam-se o líder fascista Oswald Mosley (Sam Claflin), a sindicalista Jessie Eden (Charlie Murphy) e o criminoso chinês Brilliant Chang (Andrew Koji). Winston Churchill (Neil Maskell), o político amigo de Shelby, Alfie Solomons (Tom Hardy), o mafioso, e Diana Mosley (Amber Anderson), o “anjo” de Hitler, também existiram na vida real.
Todas as temporadas de “Peaky Blinders” estão disponíveis no catálogo da Netflix. Relembre o trailer do último ano: