Pesquisadores alertam nova captura de peixe-leão, considerado invasor e perigoso

Essa não foi a primeira vez que o animal apareceu pelas águas brasileiras. Cientistas alertam para riscos contra outras espécies.
Imagem: Rodrigo Steinhaus/Sea Paradise

Pela segunda vez, pesquisadores encontraram um peixe venenoso nas águas de Noronha. A região, que é destino de muitos turistas, recebeu o peixe-leão, da espécie Pterois volitans, e os cientistas alertam para a ameaça ao meio ambiente e para os humanos. 

A primeira captura aconteceu no ano passado e era de um peixe adulto. Dessa vez, foi um animal filhote. Amostras dos peixes serão levadas para a Universidade Federal Fluminense (UFF) e também para a Universidade da Califórnia, para análise genética. 

Fernando Rodrigues, mergulhador que encontrou o animal pelas duas vezes, falou ao G1 que o peixe-leão estava a uma profundidade de 32 metros. A bióloga Clara Buck, da UFF, também ouvida pela reportagem, disse que o peixe-leão é um predador. Ela pontua que se a estadia for definitiva em Fernando de Noronha, região que, segundo a pesquisadora, tem espécies únicas, o animal poderá causar extinção de outros animais marinhos. 

Imagem: Ana Clara Marinho/TV Globo

Além disso, Buck falou que os impactos podem ser sofridos pelos humanos, já que o predador tem pelo menos 18 espinhos altamente venenosos “que apresentam uma toxina, podendo causar febre, vermelhidão e até convulsões”.

Imagem: Pixabay

Hudson Tercio Pinheiro, pesquisador do Centro de Biologia Marinha da USP, disse ao Jornal USP que o comportamento do peixe é muito específico, já que ele fica imóvel em recifes de corais esperando a presa perfeita, até que ele ataca e engole o animal. Os pesquisadores acreditam que o peixe-leão tenha vindo do Caribe, já que a região tem enfrentado esse mesmo problema. 

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No Brasil, cinco peixes dessa espécie já foram capturados em outras ocasiões — duas delas em Arraial do Cabo (RJ). O Instituto Chico Mendes da Biodiversidade já alertava para o animal no arquipélago, e agora reforça o apelo para que, em caso de novas aparições, é imprescindível que façam contato imediato com a sede do órgão na Vila do Boldró, ou pelo site do Parque Nacional Marinho

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