Segundo o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), o El Niño deverá atingir o seu pico no verão brasileiro de 2024. Neste período, a tendência é que as condições extremas no clima fiquem mais evidentes.
Por enquanto, o aumento da temperatura das águas do Oceano Pacífico subiu cerca de 1,0ºC, o que configura o El Niño na faixa moderada do fenômeno climático (+1,0ºC a +1,4ºC).
No entanto, durante o último trimestre do ano, a intensidade pode ficar “forte” e “muito forte”, o que pode levar a um Super El Niño.
Ainda não há consenso entre os meteorologistas. Mas os modelos dinâmicos International Research Institute (IRI), da Escola de Clima da Universidade de Columbia, em Nova York, Estados Unidos, indicam uma anomalia de temperatura da superfície do mar de +1,67ºC. Isso configura um El Niño forte.
Impactos do pico do El Niño no Brasil
Se a intensidade do fenômeno climático se confirmar, haverá alteração no padrão de chuvas e temperaturas para o Brasil ao longo de todo o primeiro semestre do ano que vem.
Assim, as mudanças que estão sendo enfrentadas agora podem se estender, como o excesso de calor no inverno e o alto volume de chuvas no Rio Grande do Sul.
Ao mesmo tempo que o El Niño provoca excesso de chuvas na região Sul, ele faz o Nordeste enfrentar uma seca intensa. Já a região Sudeste poderá sentir o aumento das temperaturas, sem grandes influências no volume de chuvas.
Em geral, as mudanças climáticas já fazem as temperatuas subirem. A NASA já informou que 2023 provavelmente será o ano mais quente desde o início dos registros, em 1850. Mas talvez 2024 consiga ultrapassar esse recorde.
A permanência do El Niño
O satélite Sentinel-6 da NASA identificou os primeiros sinais da formação do fenômeno climático em maio deste ano. Lodo depois, a OMM (Organização Meteorológica Mundial) alertou sobre os possíveis novos recordes de temperaturas altas nos próximos cinco anos.
Segundo a OMM, o planeta vai enfrentar os efeitos do fenômeno climático até 2027.