Estes eram os planos para o campus do Google que foi rejeitado

Estas eram as ideias que o Google tinha para seu novo escritório, mas a prefeitura de Mountain View não cedeu o terreno.

A Câmara Municipal da cidade de Mountain View privilegiou os planos do LinkedIn aos do Google, que pretendia construir e manter com robôs prédios de vidro no local. Mas a Bloomberg mostrou alguns conceitos do plano do Google que serão deixados de lado.

Semana passada, a cidade de Montain View negou ao Google 80% do terreno que ele havia solicitado para construir sua nova sede — dando a maior parte dessa porcentagem ao LinkedIn, que desenvolverá de forma mista uma avenida e um cinema, algo que o New York Times considerou “ambicioso, mas nem tanto” e “ligeiramente modesto”, em comparação aos planos do Google.

Mas o que é que o Google estava propondo, afinal? Segundo a Bloomberg, o design do centro se comparava a outros projetos “impossíveis” no Google, como Google Glass e o Loon. Mas o que estava tão a frente do nosso tempo neste projeto?

Tendas gigantes de vidro

Um dos principais elementos do design de Bjarke Ingels e Thomas Heatherwick são as tendas que cobriam o escritório inteiro com o seu próprio microclima. Essas “cortinas” gigantescas seriam penduradas por tensão usando colunas de aço e seriam feitas de milhares de pedaços de vidro.

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A Bloomberg falou com diversos críticos ao projeto, que sugeriam que a) o clima de Mountain View é perfeito e criar um casulo de vidro não é realmente necessário e b) seria um trabalhão para limpá-los.

No entanto, essa não é uma ideia nova na área da arquitetura. O vencedor póstumo do Prêmio Pritzker deste ano, o arquiteto alemão Frei Otto, foi pioneiro em estruturas tensionadas na década de 1950 e 60. Elas certamente podem ser feitas e, em alguns casos, pode até ser mais barata e montada mais rapidamente que estruturas tradicionais.

Pontos: 2 de 10 pontos de impossibilidade

Escritório de Lego

Não Lego de verdade, mas os escritórios e os espaços do local são completamente flexíveis — conforme explicam os arquitetos, a estrutura seria modular e móvel, e os espaços se transformariam conforme a necessidade.

A Bloomberg diz que a ideia do Google surgiu da vontade de criar um prédio igual ao Building 20 da MIT, cuja estrutura pré-fabricada e de madeira compensada foi construída durante a Segunda Guerra e produziu inúmeras inovações tecnológicas tempos depois de ter sido demolido — em parte porque eram espaços de fácil reconfiguração.

Enquanto estruturas modulares e transformáveis não são uma ideia nova — estavam presentes desde a virada do século — estruturas que conectam e desconectam de forma fácil ainda não foram feitas de fato, pelo menos de forma barata. A Bloomberg expõe que só para conectar a rede elétrica do módulo em questão seria uma grande dorme de cabeça.

Então, quem é que faria todo esse trabalho de içar, mover e re-conectar? Neste quesito, o Google estava pensando bem a frente.

Pontos: 5 de 10 pontos de impossibilidade

Um exército de robôs-guindastes

“Crabot” é termo cunhado pelo Google para os robôs que iriam popular o local — é uma combinação de robô e “crane”, ou guindaste. Estes robôs que lembram aranhas levantariam e moveriam escritórios e salas pelo complexo.

Os crabots ainda não existem, no entanto. “Para tornar isso realidade, o Google diz que vai inventar um tipo de robô-guindaste portátil, que ele chama de crabot, que irão reconfigurar as salas e percorrer os corredores do local como os androides fazem em Star Wars”, escreve a Bloomberg.

Talvez a Boston Dynamics, pertencente ao Google, possa ajuda, como a Architect’s Journal sugeriu? Se imagine sentado na sua mesa de trabalho, olhando pela janela e vendo um braço robótico enorme do lado de fora. Não vamos nem imaginar o que aconteceria se ele se soltasse.

Pontos: 9 de 10 pontos de impossibilidade


É claro que a decisão da cidade de Mountain View tinha mais a ver com o uso do terreno do que o design. Mas ainda vale a pena ler a história completa na Bloomberg. Se o Google desenvolver as construções altamente tecnológicas que ele quer fazer, poderá ser um enorme avanço a indústria do design. Até lá, sempre existe uma boa chance de que estes escritórios sejam construídos — mas não no local aonde o Google planejou a princípio. [Bloomberg]

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