Plástico e incêndios: ONU debate o meio ambiente a partir de hoje

Segunda parte da 5ª edição da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente, no Quênia, terá como foco incêndios e uso de plásticos. Saiba mais
Assembleia ONU
Imagem: Matt Howard/Unsplash/Reprodução

Começa nesta segunda-feira (28) a segunda parte da 5ª edição da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA). Representantes de diversas partes do mundo devem se juntar para discutir os problemas que ameaçam o nosso ecossistema. O encontro acontece em Nairóbi, no Quênia, e se estende até 2 de março.

A primeira parte da edição aconteceu entre 22 e 23 de fevereiro de 2021. Na época, a reunião foi conduzida de forma online. O tema da UNEA-5 é “Fortalecer Ações pela Natureza para Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. 

Nos próximos dias, devem ser levantadas questões sobre o uso excessivo de plásticos e também os riscos de incêndios florestais. Na última semana, foram divulgados relatórios que devem ser usados de base sobre estes assuntos. 

De acordo com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, mesmo com cortes profundos nas emissões de gases de efeito estufa, os incêndios florestais extremos ainda devem aumentar 14% até 2030. A porcentagem pode subir para 50% até o final da década.

Mesmo áreas que enfrentam poucas queimadas, como o Ártico, sofrerão com o aumento do problema. Os incêndios impactam desproporcionalmente as nações mais pobres, o que impede o desenvolvimento sustentável e aprofunda as desigualdades sociais. 

O plástico também tem se mostrado um problema na sociedade atual. De acordo com um relatório divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD), menos de 10% desse material tem sido reciclado no mundo.

Além disso, são despejados no mar 11 milhões de toneladas de plástico por ano – número que deve dobrar até 2030. A expectativa é que seja assinado durante a Assembleia da ONU um tratado internacional para conter a poluição dos plásticos e reduzir seu uso.

O acordo não deve ser voluntário, mas sim atribuído legalmente a todas as partes. O documento também não deve focar apenas no descarte e gerenciamento de resíduos. É esperada uma regulamentação de todo o processo de fabricação do plástico, desde a obtenção da matéria-prima até a distribuição e descarte. 

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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