Play-a-Grill: quem precisa de tímpanos quando se tem dentes?

Lembra quando o seu dentista disse que você poderia ter um aparelho com sabor e cheio de brilho? Quero o meu aparelho sabor melancia ou nada feito! Bem, prepare-se para se sentir um perdedor ultrapassado: Aisen Chacin, estudante de design e tecnologia na escola de design Parsons, criou um tocador de música que usa condução óssea […]
Play-a-Grill.

Lembra quando o seu dentista disse que você poderia ter um aparelho com sabor e cheio de brilho? Quero o meu aparelho sabor melancia ou nada feito! Bem, prepare-se para se sentir um perdedor ultrapassado: Aisen Chacin, estudante de design e tecnologia na escola de design Parsons, criou um tocador de música que usa condução óssea para transmitir ondas sonoras — sem dor, sem fio — através das vibrações nos seus dentes!

O “Play-a-Grill” (não confundir com playa grill, coisa que aparece aos montes ao se pesquisar a invenção de Chacin) foi feito com a colocação de um molde na boca de Chacin e, dali, criando-se um modelo de cera da sua arcada superior combinada com algumas partes extraídas de um MP3 player convencional.

As vibrações são apenas ouvidas, não sentidas, então não é preciso temer eventuais dores de cabeça causadas por música na boca. Apesar disso, Chacin disse à Time, “se a música estiver alta o bastante o formato côncavo do palato faz as vibrações do osso ressoar, resultando em um alto-falante bucal.”

Imagine uma sala da quinta série: um punhado de crianças de 12 anos sentadas em suas cadeiras, clicando em seus aparelhos bucais — como você faz — e todos eles cantando baixinho e simultaneamente uma música diferente em meio a bocejos e bocas abertas.

Em nota mais séria, isso é na real um feito em tecnologia bastante inovador e se desenvolvido para além do protótipo de Chacin, os controles com língua na peça bucal podem se provar bastante vantajosos para aqueles com a mobilidade limitada ou algum tipo de paralisia.

Conversei com Aisen Chacin, e aqui está o que ela tem a dizer sobre sua invenção:

“Meu trabalho encontra escopo através do design de interação e em dispositivos para o uso do como como interface.

A ideia para esse dispositivo veio através de estudos sobre condução óssea e o fato de que ondas sonoras podem viajar através de objetos sólidos da mesma forma que no ar. Vi alguns erros na imprensa sobre o processo de ouvir; não é o tímpano que ouve através da condução óssea. Existe um motor conectador à saída do MP3 player, você pode ver nos vídeos do protótipo que estão por aí. Esse motor então vibra na frequência do som e, quando mordido, seus dentes oscilam na mesma frequência. Como seus dentes estão na mandíbula, que fica bem próxima dos ouvidos, os ossos internos do ouvido também oscilam permitindo ao nervo processado essa vibração como informação sonora. É praticamente o mesmo processo que acontece com implantes auriculares, exceto que ouvir através dos dentes não é tão invasivo — é, claro, menos efeito (alto) devido à distância.

Eu pensava em enfeites de dentes [“grills”] como objetos relacionados à música, eles são coisas presentes na música. Com a ideia de ouvir via condução óssea nos dentes na minha cabeça, tive o estalo! Os enfeites são colocados sobre os dentes — a oportunidade perfeita de fazer um objeto do mundo música ser um player de verdade graças à condução óssea.”

[Time]

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