Por que não encontramos sinais de vida em Marte; estudo traz resposta
Apesar de décadas de exploração e análises de amostras, a busca por sinais de vida em Marte continua sendo um dos grandes desafios da astrobiologia.
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Philips Walita Preta Fritadeira Airfryer Digital Série 3000, 4.1L de capacidade, Garantia...Um estudo recente focou nos desafios para encontrar evidências de vida antiga em Marte. Segundo os autores, os ambientes mais prováveis para descobrir vida no planeta são também os menos propensos a preservá-la.
Publicado no início de novembro, o estudo destaca que a degradação dos lipídios devido à exposição à radiação cósmica dificulta a busca por vida em Marte. Os lipídios são essenciais para a formação de vida. Contudo, em Marte, a ausência de uma atmosfera densa e de um campo magnético contribuem para a alta exposição à radiação cósmica.
Os cientistas da Universidade de Georgetown, dos EUA, tentaram explicar o desafio em encontrar vida em Marte ao expor amostras de lipídios a raios gama para simular o efeito da radiação cósmica do Planeta Vermelho.
Na Terra, alguns lipídios são as bioassinaturas com maior durabilidade na Terra. Contudo, nas condições simuladas de Marte, no entanto, eles se deterioraram rapidamente. Metade das amostras se tornou pequenas moléculas quando receberam doses equivalentes a três milhões de anos de exposição à radiação cósmica.
A título de comparação, algumas formações rochosas em Marte, como a Cratera Gale do rover Curiosity, recebem radiação cósmica há mais de 80 milhões de anos.
Além disso, o estudo revela outro fator que dificulta a busca por vida em Marte: o predomínio de sal em muitos dos antigos ambientes de Marte, como lagos e riachos.
No contexto de Marte, ou seja, sob as condições de baixa pressão, o sal acelera a degradação de moléculas orgânicas. De acordo com os cientistas, a radiação torna os componentes do sal em compostos químicos reativos, ou oxidantes, acelerando a destruição de compostos orgânicos.
Busca por vida em Marte continua
Apesar das descobertas, Anais Roussel, uma das autoras do estudo, mantém a esperança pela busca por vida em Marte. Em entrevista ao site Space.com, a astrobióloga afirmou que o estudo a deixou mais otimista sobre a possibilidade de vida em Marte.
“Se não encontramos nada conclusivo ainda, não significa que nunca existiu vida em Marte, mas, sim, que estamos procurando nos lugares errados, ou precisamos ir mais fundo”, afirmou Roussel.
Os rovers Curiosity e Perseverance, da NASA, conseguem perfurar apenas cinco centímetros do solo de Marte. No entanto, em 2029, quando a ESA lançar o rover Rosalind Franklin, o cenário pode mudar.
O Rosalind Franklin vai conseguir perfurar o solo em até dois metros, possivelmente encontrando amostras com melhor estado de conservação que se protegeram da radiação.
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