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Preço do iPhone 13 pode ficar mais caro, sinaliza indústria de chips

Falta de chips no mundo ameaça estoques de componentes do mundo - e pode encarecer novo modelo.

Imagem: Giuseppe Cacace/AFP (Getty Images)

Imagem: Giuseppe Cacace/AFP (Getty Images)

A TMSC, maior produtora de chips eletrônicos do mundo e responsável por atender a Apple, avisou aos seus clientes que deve aumentar os preços. E a alta pode respingar nos custos do iPhone 13. O modelo, segundo rumores revelados ontem pelo site chinês IT Home, tem estreia prevista para o dia 17 setembro. Ainda não há, no entanto, uma confirmação oficial da data de lançamento.

A fabricante taiwanesa informou que vai elevar em até 10% os custos de produção de chips de silício projetados em 7 nanômetros ou menos. Para chips com 16 nanômetros ou mais, o aumento pode chegar à casa dos 20%. As informações aparecem em uma reportagem do site especializado DigiTimes.

No caso do iPhone 13, o chip utilizado é A15 bionic, projetado com tecnologia de 5 nanômetros. Quase metade do lucro da TSMC no segundo trimestre de 2021, aliás, vem da venda de chips desse tipo, entre 5 e 7 nanômetros. Só as compras da Apple garantem 20% dos lucros da companhia.

A mudança nos preços dos chips está cotada para começar a valer para pedidos feitos a partir de dezembro deste ano. Espera-se, porém, que a Apple já repasse os custos para o seus consumidores desde o lançamento. O anúncio de setembro trará quatro versões: iPhone 13, iPhone 13 Mini, iPhone 13 Pro e iPhone 13 Pro Max.

Antes de começar a fazer as contas da grana que você vai dar para a Apple, vale lembrar que não se sabe ao certo quanto a alta dos chips pode pesar, em porcentagem, no valor final. Fontes ouvidas pelo DigiTimes, no entanto, projetam um aumento de custos de fabricação entre 3 e 5% para a companhia da maçã.

Menos chips no mundo

A demanda mundial por chips eletrônicos foi às alturas durante a pandemia de Covid-19. Com as pessoas passando mais tempo em casa — e, por tabela, gastando uma parte maior de seus dias em frente às telas — a compra de eletrônicos disparou.

Nessa, a TSMC (sigla para Taiwan Semiconductor Manufacturing Corp) nadou de braçada. O problema é que, apesar da alta demanda, a companhia precisou cortar a produção em 2021. O motivo foi uma seca intensa em Taiwan — a mais severa dos últimos 50 anos — que obrigou a fabricante a puxar o freio, aumentando os preços.

“Se os componentes ficaram mais caros, em vez de repassar ao consumidor, basta a Apple encontrar uma empresa que tope produzir o mesmo chip por um valor mais em conta”, você poderia pensar. Mas a solução do problema não é tão simples.

Procurar outra fabricante para atender a demanda do novo iPhone não é uma possibilidade. O investimento para montar uma fábrica de chips, afinal, é altíssimo. E toda essa grana pode acabar no lixo se a tecnologia de produção escolhida ficar obsoleta cedo demais. Não à toa, o mercado mundial de produção de semicondutores é ultra concentrado: a TMSC, sozinha, é responsável por 51% da produção de chips do mundo. A escassez global de chips deve se estender até pelo menos 2022.

[DigiTimes, MacRumors]

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