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A primeira foto nítida de Ultima Thule revela um formato de boneco de neve

A equipe da New Horizons liberou as primeiras imagens de alta resolução do (486958) 2014 MU69, apelidado de Ultima Thule, o objeto mais distante já explorado por uma nave espacial. A New Horizons foi lançada ao espaço em 2006 e chegou ao seu alvo inicial, Plutão, em 2015. A NASA então ampliou a missão para […]

NASATV

A equipe da New Horizons liberou as primeiras imagens de alta resolução do (486958) 2014 MU69, apelidado de Ultima Thule, o objeto mais distante já explorado por uma nave espacial.

A New Horizons foi lançada ao espaço em 2006 e chegou ao seu alvo inicial, Plutão, em 2015. A NASA então ampliou a missão para analisar um novo alvo, um objeto do Cinturão de Kuiper, chamado (486958) 2014 MU69, ou MU69. “Ultima Thule” é um apelido temporário até que um nome formal seja selecionado, provavelmente este ano.

A sonda atingiu seu novo objetivo no Dia de Ano Novo às 15:33 no horário de Brasília, mas o sinal só alcançou a Terra horas depois.

A New Horizons tem enviado fotos borradas do objeto e detectou algumas características estranhas, como nós comentamos – não parecia haver qualquer variação na quantidade de luz que ele refletia. Embora parecesse ter a forma de um pino de boliche, sua estrutura real permanecia nebulosa até agora.

Captura de tela: NASATV

A nova imagem, que agora é a foto mais distante já tirada, responde a essa pergunta: trata-se de um objeto vermelho muito escuro, de dois lóbulos, com 33 quilômetros de comprimento e 16 quilômetros de largura. Parece ser uma “binária de contato”, uma forma comum de cometas distantes, como lembrado pelo pessoal da Planetary Society.

Não está claro como esses formatos se formam, mas acredita-se que elas começam como dois objetos que orbitam um ao outro e com o tempo se fundem.

Novos dados confirmaram que o objeto completa uma rotação em cerca de 15 horas ou mais e que ele é muito escuro – apenas de 6% a 13% da luz solar recebida, conforme contou Cathy Olkin, uma cientista planetária do Southwest Research Institute em uma coletiva de imprensa.

Os pesquisadores descobriram que a variação inesperadamente baixa na curva de luz se dá por causa da forma – duas esferas têm uma mudança menor em sua área de superfície do ponto de vista da espaçonave do que uma elipse teria. A rocha não tinha crateras de impacto claras.

Os objetos do Cinturão de Kuiper, dos quais Plutão é o maior deles, são especialmente interessantes porque se pensa que eles retêm parte do material que originou o Sistema Solar – e esse material estaria intacto após bilhões de anos. Os cientistas da New Horizons começaram a analisar os primeiros dados enviados pela nave espacial.

Dados e imagens continuarão a chegar ao longo da missão e deveremos ter novidades em breve.

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