Para quem é o Nintendo Switch Lite?

Após passar um tempo com o Switch Lite, é possível dizer que a versão mais barata do console da Nintendo é uma boa opção para quem prioriza mobilidade.
Console Nintendo Switch Lite em três cores: preto, amarelo e azul
Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Como alguém que comprou o Nintendo Switch no lançamento, confesso que estava bem curioso com o Switch Lite. Até porque o Switch padrão de US$ 300 pode fazer tudo que o Switch Lite faz. A diferença da versão Lite (que não está à venda oficialmente no Brasil), que custa US$ 200, é que não dá para ligá-la a uma TV ou remover os controles.

No entanto, após ter uma chance de mexer em um durante um evento da Nintendo, posso dizer com certeza que o Switch Lite é bem bom.

Para várias pessoas (inclusive eu), um equívoco é pensar que o modelo Lite é um substituto completo do modelo padrão — já aviso, ele não é. Para a maioria dos compradores de primeira viagem do Switch, especialmente as pessoas que usam o modo portátil e acoplado, o Switch regular é a melhor escolha, principalmente agora que as novas versões do Switch padrão estão chegando às lojas.

Então, qual é a do Switch Lite?

Nintendo Switch Lite acima do Switch convencionalO Nintendo Switch Lite (acima) e o Nintendo Switch convencional (abaixo). Crédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Em vez de servir a todo mundo, o Switch Lite tem como alvo crianças ou adultos que buscam um sistema portátil mais fácil de carregar por aí, o que torna o Switch Lite um successor do Nintendo 3DS/2DS do que um verdadeiro substituto do Switch.

Ao remover a possibilidade de tirar os componentes do controle, o Switch Lite acaba tendo um corpo mais robusto e substancial, sem nenhuma das flexões ou rangidos que você normalmente ouve ao usar o modelo convencional.

Isso permite que você tenha menos medo de colocar o Switch Lite em uma mochila sem ter que se preocupar com danos. Além disso, por causa de suas dimensões menores (cerca de 25% menor que o modelo padrão), ele ocupa menos espaço. Mesmo assim, ele não cabe na maioria dos bolsos.

Traseira do Switch Lite (acima) e do Switch convencional (abaixo)Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Como o Joy-Con não sai do corpo do Lite, a Nintendo foi capaz de trocar os botões da esquerda por um d-pad padrão, que é algo que eu gostaria de ver no videogame desde sua estreia em 2017. De repente, eu consigo jogar games de luta sem ter que comprar um Pro Controller ou algum adaptador.

Na verdade, quase todos os botões do Switch Lite parecem melhores que antes. Os botões do lado direito têm uma ação mais profunda e mais elástica, enquanto os gatilhos traseiros parecem menos esponjosos e têm um clique mais tátil quando você aperta até o fim. Até mesmo os direcionais analógicos do Switch Lite parecem mais apertados, embora eu admita que essa comparação possa ser injusta, pois uso como base o meu Switch com dois anos de idade.

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Há um monte de outras pequenas diferenças, como uma entrada de cartão microSD autônoma, já que o Switch Lite não tem um suporte para o slot microSD se esconder atrás. O Switch Lite também tem um trabalho de pintura mais suave, mais fosco, que não pega impressões digitais nem fica tão oleoso como o plástico preto do Switch convencional.

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Duas das portas de alto-falantes estéreo do Switch Lite também foram movidas para a região abaixo da tela, embora isso não pareça ter um grande impacto na qualidade ou no volume do som. E, ao contrário do modelo padrão, ele não possui um sensor de luz ambiente, então você terá de ajustar o brilho da tela manualmente.

Quanto à tela, por bem ou por mal, apesar de ser um pouco menor (5,5 polegadas versus 6,2 polegadas para o Switch padrão), ela ficou praticamente inalterada. No entanto, notei algumas pequenas diferenças na temperatura de cor — as imagens no modelo Lite parecem mais quentes, com laranjas e vermelhos um pouco mais pronunciados que na versão padrão. Ainda que essas diferenças possam ser pequenas, talvez elas sejam o suficiente para compensar variações na fabricação.

Lateral de três Nintendo Switch Lite dispostos lado a ladoCrédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Dito isso, como o modelo Lite tem a mesma resolução de 1.280 x 720 em um display menor, ele apresenta maior densidade de pixels, o que pode fazer coisas como texto ou animações parecerem mais nítidas em comparação com o modelo padrão. A visibilidade externa também é inalterada, o que significa que a tela ainda é difícil de enxergar sob a luz direta do Sol.

Agora vem a parte sorrateira da história, porque de certa forma, entre a portabilidade do Switch Lite e seu preço, a necessidade do Switch padrão é quase eliminada, e parece que a Nintendo sabe disso. É por isso que provavelmente você não terá o recurso de ligar na TV nessa versão menor.

Se a empresa fizesse isso, por US$ 200, você poderia comprar um Switch Lite, gastar mais US$ 60 ou US$ 70 em um par extra de Joy-Con ou num Switch Pro Controller, e conseguir, no fim das contas, algo tão bom quanto um Switch regular, com ainda uma sobra de US$ 30 a US$ 40 para gastar em games.

E, se você tiver um dock de sistemas anteriores, a única deficiência do Switch Lite seria a falta da câmera infravermelho, que é usada em alguns jogos como o 1, 2 Switch e vários títulos do Nintendo Labo.

Três Nintendo Switch Lite dispostos em uma mesaCrédito: Sam Rutherford/Gizmodo

Ainda assim, embora seja limitado, a versão Lite parece ser uma novidade bem-vinda à família Switch, mesmo se você já tiver o modelo regular em casa. Você pode deixar o Switch convencional permanentemente encaixado para que qualquer pessoa em casa tenha algo para jogar, enquanto o Switch Lite serve para levar em viagens. E se você é alguém que joga comumente no modo handheld (especialmente crianças), o Lite parece ser uma opção bem interessante.

No entanto, há ainda algumas coisas que precisam ser testadas, com a autonomia de bateria do Switch Lite de três a sete horas, e como ele lida ao estar conectado a controles adicionais. Embora não esteja decidido em comprar um segundo Switch, após ficar um tempo com o Switch Lite, fiquei com mais vontade de ter um do que eu imaginava que ficaria.

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