O conceito atual de wearables inteligentes e conectados simplesmente não existia na década de 1980, época em que sistemas operacionais somente de texto como o MS-DOS ainda eram populares. Mas isso não impediu a Puma de lançar o que foi possivelmente o primeiro rastreador fitness moderno do mundo, prendendo um computador volumoso na parte traseira de um tênis. Trinta e dois anos depois, a empresa trouxe o calçado de volta. Com o mesmo design, mas com tecnologia atualizada por dentro.
Foto: Puma (Hypebeast)
O RS Computer foi relançado na última quinta-feira (13), limitado a apenas 86 pares individualmente numerados e disponíveis apenas em lojas da Puma e de tênis selecionadas em Berlim, Tóquio e Londres. O design e a aparência do calçado não mudaram muito, mas a Puma atualizou sua tecnologia com um acelerômetro de três eixos, memória suficiente para o armazenamento de 30 dias de treinos, Bluetooth para conexão sem fio do tênis com um app de smartphone e uma porta USB para carregar. E, embora a tecnologia envolvida no produto seja comum e relativamente barata hoje em dia, não espere que os tênis também sejam.
O Puma RS (Running System) Computer foi criado em 1986 e ajudou a introduzir a ideia de acompanhar o seu desempenho durante uma corrida — que é a funcionalidade que tudo, do seu smartphone ao seu smartwatch, oferece hoje em dia. Mas, em 1986, colocar tudo em um chip quase invisível não era uma opção. Portanto, o Puma RS Computer tinha uma protuberância distinta na parte de trás, contendo os componentes eletrônicos necessários para contar passos, rastrear calorias queimadas e uma porta para despejar dados de treino em um computador desktop Apple II ou Commodore 64 usando um cabo pesado.
Foto: Puma (Hypebeast)
Sem surpresa nenhuma, os tênis não tiveram exatamente um grande sucesso de vendas em 1986, e a Puma só os produziu em quantidades limitadas. Mas o seu design distinto e o fato de estarem tão à frente do seu tempo fazem deles a isca perfeita para os que procuram nostalgia. E a Puma está pronta para lucrar com a tendência “tudo o que é velho é novo de novo”.