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Snapdragon 690 quer trazer 5G para celulares intermediários não tão caros

A Qualcomm anunciou nesta terça-feira (16) seu novo chip Snapdragon 690. Voltado para aparelhos intermediários, ele é o primeiro da série 6 da empresa a vir com conectividade 5G. A numeração dos processadores da Qualcomm indica a qual categoria de smartphone eles se destinam. A série 4 é para aparelhos de entrada, enquanto a série […]

Imagem: Qualcomm

A Qualcomm anunciou nesta terça-feira (16) seu novo chip Snapdragon 690. Voltado para aparelhos intermediários, ele é o primeiro da série 6 da empresa a vir com conectividade 5G.

A numeração dos processadores da Qualcomm indica a qual categoria de smartphone eles se destinam. A série 4 é para aparelhos de entrada, enquanto a série 8 fica com os de topo de linha. A série 6 vem sendo usada por aparelhos como o Moto G8, da Motorola, e o Mi A3, da Xiaomi — ambos usam o Snapdragon 665.

A chegada do 5G à linha 6 tinha sido antecipada por executivos da Qualcomm no fim do ano passado, quando a empresa anunciou o 865, o 765 e o 765G, três chips que contam com a conexão e são voltados para aparelhos mais avançados.

O Snapdragon 690 usa o modem Snapdragon X51. Ele parece ser mais simples que o X52, que vem integrado ao 765 e ao 765G e ao X55, que vem como um componente independente no 865. Uma das principais diferenças é que não há suporte para o padrão de ondas milimétricas do 5G, o mmWave. Este padrão vai operar em frequências bem altas, acima de 24 GHz, e deve entregar as velocidades mais altas.

Por outro lado, ele se conecta em frequências abaixo de 6 GHz e e conta com tecnologias como o Dynamic Spectrum Sharing, que permite usar a mesma faixa do espectro para 4G e 5G, facilitando a transição das operadoras.

Deixando de lado um pouco o 5G — até porque, no Brasil, o leilão da tecnologia ainda precisa ser realizado — o Snapdragon 690 contará com CPU Kryo 560, com oito núcleos divididos entre dois para tarefas mais intensas e seis para trabalhos mais cotidianos. O clock máximo é de 2 GHz.

Junto com ele, virá o processador gráfico Adreno 619L. A Qualcomm promete que o Snapdragon 690 terá desempenho 20% melhor e renderização de gráficos 60% mais rápida que seu antecessor, o Snapdragon 675, lançado em 2018.

Além disso, o chip será feito com processo de litografia de 8 nm, menor que o dos chips da geração anterior da série 6, que ficavam entre 11 nm e 14 nm. Um processo menor quase sempre significa mais eficiência energética. Portanto, eles podem ser mais econômicos e a bateria dos aparelhos equipados com o Snapdragon 690 deve durar mais — ao menos em tese.

Além disso, ele tem especificações animadoras para câmera e tela. Em câmera, ele oferece suporte a sensores de até 192 megapixels e gravação de vídeo em 4K com HDR — é a primeira vez que este recurso, aliás, chega a um chip da série 6. Em tela, ele é compatível com taxa de atualização de 120 Hz, o que abre caminho para termos mais intermediários com recursos gamers.

No comunicado da Qualcomm, executivos de HMD Global (que detém os direitos da marca Nokia), Motorola, LG, Sharp, TCL e Wingtech disseram que usarão o chip em seus aparelhos.

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