Novo chip da Qualcomm, Snapdragon Wear 3100 pode revitalizar mercado de smartwatches

O Google, recentemente, fez uma grande atualização no seu sistema operacional para smartwatches. O Wear OS conta com uma nova interface simplificada, melhorias no monitoramento de saúde e fitness e um novo Google Assistente mais inteligente e útil. Mas, por melhor que isso pareça, o software é só uma parte do que você precisa para […]

O Google, recentemente, fez uma grande atualização no seu sistema operacional para smartwatches. O Wear OS conta com uma nova interface simplificada, melhorias no monitoramento de saúde e fitness e um novo Google Assistente mais inteligente e útil.

Mas, por melhor que isso pareça, o software é só uma parte do que você precisa para ter um bom relógio inteligente. Sem uma peça de silício correta, os fabricantes só podem melhorar até certo ponto.

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Nesse quesito, o Apple Watch está em vantagem, já que recebe um novo processador caseiro da série S todo ano. No ecossistema Android, as coisas são diferentes. A Qualcomm é responsável pelos chips de 80% dos aparelhos Wear OS, anteriormente conhecido como Android Wear.

O melhor que os fabricantes podiam fazer era optar pelo Qualcomm Snapdragon Wear 2100, lançado em fevereiro de 2016. Não estamos nem considerando o ainda mais velho Snapdragon 400, que serviu de base para o Wear 2100.

Felizmente, isso pode mudar em breve. A Qualcomm anunciou nesta segunda-feira (10) seu novo Snapdragon Wear 3100. Em vez de reduzir processadores de smartphones e enfiá-los em dispositivos vestíveis, como era com o SD Wear 2100, o novo SD 3100 é feito com smartwatches em mente.

Ele vem com 4 CPUs A7 (contra apenas uma do SD Wear 2100), que devem entregar um desempenho melhor, um novo DSP (processador de sinais digitais) e um coprocessador de potência ultrabaixa para aumentar a eficiência energética.

Esses ganhos de eficiência se traduzem em uma maior duração de bateria na vida real. Segundo a Qualcomm, os novos aparelhos com Wear OS e Snapdragon Wear 3100 terão quatro a 12 horas de uso ativo adicional em relação ao processador anterior, o 2100. A duração total da bateria deve aumentar em algo entre um dia e meio e dois dias e meio — dependendo do tamanho da bateria, claro.

A Qualcomm, inclusive, usou o novo coprocessador para um novo Modo Relógio. Assim, quando a bateria do dispositivo está acabando, você ainda consegue ver que horas são.

Para ajudar no suporte a serviços como o Android Pay, o novo chip também conta com um NFC melhor integrado. O 4G, também melhorado, deve facilitar aos fabricantes criar relógios que não precisem estar constantemente ligados a um smartphone. Há até mesmo um hub de sensores que ajuda a facilitar coisas como monitoramento constante de frequência cardíaca, entre outros dados de saúde e bem-estar.

Outra novidade é que o novo processador usa 20 vezes menos energia para criar as animações do ponteiro dos segundos, coisa que muitas faces de relógio omitiam para economizar bateria.

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Infelizmente, o lançamento tem um efeito colateral: muitos smartwatches ficarão ultrapassados antes mesmo de chegarem às lojas. Até o momento, só um aparelho foi anunciado com o novo chip: o Montblanc Summit 2.

Entretanto, com uma plataforma atualizada, o Snapdragon Wear 3100 pode promover o retorno de mais empresas de tecnologia a esse nicho de mercado.

Isso é importante, pois, nos últimos anos, a maioria das estreias no ramo dos relógios inteligentes foi de marcas de moda, como a Fossil e outras. Esses modelos são legais para quem procura notificações e contagem de passos em um relógio que pareça normal. Por outro lado, essas marcas não contribuem para o progresso da categoria, em termos de novas funções e recursos.

Mas, com o Snapdragon Wear 3100, podemos esperar que tanto nerds dos gadgets quanto mais marcas chiques possam encontrar um feliz equilíbrio. Resta que eles explorem o que o chip tem a oferecer.

Imagens: Qualcomm

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