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QuitTok: a nova moda agora é comemorar demissões no TikTok

Em meio a demissões em massa, ex-funcionários utilizam redes sociais para glorificar a saída de seus empregos.

Uma nova moda batizada de “QuitTok” está em alta nos Estados Unidos, em que muitas pessoas – principalmente os mais jovens – estão usando o TikTok para comemorar os seus pedidos de demissão.

Nos últimos meses, um número recorde de americanos está deixando seus empregos voluntariamente, elevando a taxa de demissões para 3%, a mais alta dos últimos 20 anos no país.

São mais de 4 milhões de pessoas que largaram seus empregos, segundo a Insider – algo chocante se formos comparar com a taxa atual de 13% de desempregados no Brasil.

O movimento em massa está sendo chamado de “A Grande Renúncia” e é visto como um reflexo da pandemia, que tem motivado os empregados a mudarem de vida ou cuidarem mais da saúde mental. O estresse, os baixos salários, a alta carga de trabalho e a falta de suporte durante a pandemia estão levando-os muitos a procurarem novas oportunidades de renda.

A ideia de muitos é buscar uma nova carreira, viajar ou começar um negócio próprio.

Movimento QuitTok

Os jovens da geração Y e Z estão utilizando a rede social para mostrar como estão se preparando para entregar o pedido de demissão, festejar o início de uma nova fase de vida ou, até mesmo, envergonhar aquelas empresas que têm um ambiente tóxico. Alguns vão além e mostram até mensagens trocadas com seus chefes.

Essas histórias têm atraído centenas de milhões de visualizações.

A tendência do QuitTok também tem sido adotada até por grandes executivos, como é o caso do ex-CEO do Twitter, Jack Dorsey. Em novembro, ele postou “Não tenho certeza se alguém já ficou sabendo, mas pedi demissão do Twitter… Meu único desejo é que a Twitter seja a empresa mais transparente do mundo”.

A nova tendência tem dividido opiniões. Alguns afirmam que essas demonstrações públicas podem minar novas oportunidades de emprego aos mais jovens. Afinal, uma empresa pode ficar com o pé atrás de ser exposta dessa maneira numa potencial demissão.

Já outros argumentam que tem crescido o número de companhias que buscam candidatos mais francos e que não tenham medo de opinar ou se expressar.

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