Razer Forge TV: a caixinha com Android TV que faz streaming de jogos para PC

Todo ano a Razer aparece na CES com algum produto maluco que deixa todo mundo de queixo caído. Um tablet com um joystick embutido! Um desktop de montar igual Lego! A surpresa desse ano são, na realidade, quatro produtos que trabalham em conjunto: um micro-console rodando Android TV, um joystick Bluetooth, um serviço de streaming […]

Todo ano a Razer aparece na CES com algum produto maluco que deixa todo mundo de queixo caído. Um tablet com um joystick embutido! Um desktop de montar igual Lego! A surpresa desse ano são, na realidade, quatro produtos que trabalham em conjunto: um micro-console rodando Android TV, um joystick Bluetooth, um serviço de streaming e um lapboard sem fio – isto é, um conjunto de teclado e mouse para usar no colo.

A Razer acha que você não quer comprar outro PC parrudo para jogar na sala de estar, ou arrastar o seu atual de lá para cá. Você pode, talvez, curtir jogar alguns títulos do Android com seus amigos. Que tal, então, um console pequeno e barato, capaz de executar esses joguinhos mais simples do Android, mas que também faz streaming dos jogos em seu PC, como o Nvidia Shield?

Essa é exatamente a descrição do Forge TV, da Razer.

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Trata-se de um set-top box de US$ 100 com um SoC Snapdragon 805 da Qualcomm, 2 GB de RAM, 16 GB de memória interna com uma antena 2×2 802.11ac, porta Gigabit Ethernet e Bluetooth 4.1. Ele roda o Android TV puro – o que me deixou preocupado ao me lembrar da horrível seleção de jogos do Nexus Player original.

Mas ainda no primeiro semestre, ele também será o palco exclusivo do beta do novo Cortex, da Razer: um serviço de streaming que à primeira vista parece bem sensacional.

O Shield da Nvidia consegue fazer streaming de jogos, mas apenas a partir de uma placa de vídeo recente da fabricante. (Você também precisa de um dongle para a rede.) O Steam In-Home Streaming, da Valve, só funciona com jogos dentro do Steam. A Razer diz que o Cortex funcionará tanto com placas da Nvidia quanto da AMD, e com qualquer jogo recente. Eu joguei um pouco de Titanfall, um jogo exclusivo do Origin (plataforma digital da EA), nesse esquema.

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Como se joga Titanfall aqui? A Razer te dá duas opções. O joystick Serval, de US$ 80, pelo rápido contato que tive me pareceu um clone competente do joystick do Xbox 360. Ele se encaixou confortavelmente nas minhas mãos, tem botões lindamente fáceis de apertar e pode se conectar por Bluetooth ou uma porta microUSB. O Forge TV suporta até quatro deles simultaneamente – e o Serval tem os botões Voltar e Home do Android, o que facilita a interação com o sistema.

O legal é que ele não funciona apenas com o Forge TV. Como qualquer joystick Bluetooth, ele funciona com outras coisas e pode alternar a conexão entre vários aparelhos.

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Na realidade, ele vem com uma presilha no topo similar à do MOGA e daquele joystick móvel da Samsung. Ou seja, caso precise sair dá para encaixar o smartphone no joystick e continuar o jogo de onde você parou – desde que o jogo em questão tenha suporte a salvamento na nuvem.

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Como um amante incondicional do teclado e mouse, eu preferi o Turret, de US$ 130, para jogar Titanfall. É uma combinação de mouse e teclado sem fio projetado para ficar no seu colo enquanto você joga no sofá. Ele tem um truque bacana: o mousepad tem ímãs fortes o bastante para evitar que o mouse escorregue da superfície mesmo quando inclinado em ângulos mais fechados, mas leves o bastante para permitir que ele deslize fácil sob o seu comando. Parece um paradoxo, mas funciona.

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Bônus: quando não estão em uso, eles ficam bem legais todos encaixados na vertical.

O mouse é uma versão modificada do Orochi, um dos melhores mini-mouses para jogos que a Razer já fez, mas com um sensor de 3.500 dpi atualizado e autonomia de até 40 horas. (O teclado dura até quatro meses com uma carga.) Dentro do mouse há um minúsculo dongle de 2,4 GHz para permitir que você use os acessórios naquele desktop antigão que não tem suporte a Bluetooth. Há interruptores nos dois periféricos que permitem escolher a interface desejada.

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Teoricamente, o detalhe irresistível disso aqui é que como a Razer criou todo o hardware e software, ela teve a oportunidade de reduzir a latência em cada etapa da produção para que os jogos rodem em seu melhor. A latência pode acabar com a graça quando se fala em fazer streaming de jogos – você não quer qualquer atraso perceptível entre o apertar de um botão e a ação que ele desencadeia aparecendo na tela.

Infelizmente, como estamos na CES, onde demonstrações tendem a falhar, eu não tive uma experiência totalmente livre de atrasos nos meus testes. Espero que tenha sido azar meu. A Razer diz que, no momento, a latência se compara favoravelmente à do Nvidia Shield e ao In-Home Streaming, do Steam. Estou ansioso para testar o Forge TV em condições e ambiente mais favoráveis.

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