Relatório confirma o que já sabíamos: 4G não é grande coisa para ver vídeos e internet brasileira deixa a desejar

Já faz um tempo que falamos de 5G, mas isso é para o futuro. A realidade, hoje e nos próximos anos, será mesmo a do 4G. E como ele está? A OpenSignal, empresa britânica especializada em cobertura de internet, fez um levantamento em 87 países e compilou os dados em um relatório. Uma conclusão da […]
Antena de rede de internet móvel
Imagem: Getty

Já faz um tempo que falamos de 5G, mas isso é para o futuro. A realidade, hoje e nos próximos anos, será mesmo a do 4G. E como ele está? A OpenSignal, empresa britânica especializada em cobertura de internet, fez um levantamento em 87 países e compilou os dados em um relatório.

Uma conclusão da pesquisa chama a atenção: em nenhum lugar do mundo você terá uma experiência considerada excelente ao fazer streaming de vídeos.

A OpenSignal dá uma pontuação de 0 a 100 para a internet 4G oferecida em cada país para avaliar a experiência de ver vídeos por streaming. Nenhum país chegou nos 75 pontos em que a faixa Excelente começa. Os que chegaram mais perto foram Noruega e Hungria, com 74 pontos. Ao todo, dez ficaram acima dos 70 pontos.

A Europa dominou a faixa Muito Boa (entre 65 e 75 pontos), com 19 entre os 25 países. A América Latina tem apenas quatro países na faixa Boa, e o Brasil, com 52,1 pontos, não é um deles — a saber, os quatro são Bolívia (58,9), Argentina (58,5), México (58,3) e Paraguai (57,6).

Ainda falando sobre a América Latina, o Brasil tem a segunda melhor velocidade de download da América Latina, com 13 Mbps de média, atrás apenas do México, que marca 14,9 Mbps. O problema é que a internet da região é muito mais lenta do que a do resto do mundo: a Coreia do Sul, que lidera esse ranking, tem uma velocidade de download que marca, em média, 52,4 Mbps.

A internet da América Latina também não se destaca em disponibilidade ou em latência. No primeiro quesito, como destaca o comunicado da OpenSignal, quase todos os países da região têm disponibilidades entre 70% e 80%, com o Brasil com 72%.

São valores até razoáveis, mas estão bem atrás dos 97,5% da Coreia do Sul. Obviamente, temos que levar em consideração as diferenças territoriais entre o país asiático e os latino-americanos. Por outro lado, outros países com extensão territorial semelhantes aos daqui, como EUA, Índia e Austrália, têm disponibilidades acima dos 90%.

Por fim, a latência da região também não é boa. O melhor colocado no ranking global é Singapura, com 30,7 milissegundos de tempo de resposta. Quase todos os países da América Latina têm o dobro disso. A exceção é o Chile, com 52,2 ms.

Se você ficou desanimado lendo tudo isso sobre a internet do nosso pedaço do planeta, não fique. A OpenSignal coloca um pouco de suas perspectivas para o futuro no relatório:

Muitos mercados ainda estão no processo de realocar bandas de espectro para uso em 5G. Mas assim que as primeiras redes estiverem em operação e os dispositivos 5G se tornarem mais amplamente disponíveis, você deverá ver a nova tecnologia decolar em grande medida, pois a experiência 5G do mundo real será significativamente melhor do que a internet móvel existente hoje. (…) Com uma infinidade de novos serviços e casos de uso sendo concretizados pelas velocidades extremamente rápidas e pela baixa latência prometida pela 5G, a experiência da rede móvel deverá se metamorfizar novamente na próxima década.

Você pode ver todos os detalhes do relatório da OpenSignal neste link.

[OpenSignal]

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