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Disponibilidade do 4G no Brasil aumentou quase 10% no período de um ano, diz relatório

Enquanto todos os olhos estão voltados para o 5G e o futuro da internet móvel, nós continuamos a usar o 4G. E, aqui no Brasil, as notícias são boas: de acordo com o relatório semestral da OpenSignal, empresa britânica especializada em mapeamento de cobertura de internet, a disponibilidade da conexão cresceu de maneira significativa. • […]

Echo Grid/Unsplash

Enquanto todos os olhos estão voltados para o 5G e o futuro da internet móvel, nós continuamos a usar o 4G. E, aqui no Brasil, as notícias são boas: de acordo com o relatório semestral da OpenSignal, empresa britânica especializada em mapeamento de cobertura de internet, a disponibilidade da conexão cresceu de maneira significativa.

• Capitais do Brasil vão ter 4G melhor com liberação da faixa de 700 MHz

Em questão de um ano — desde o último relatório completo da empresa, feito em janeiro de 2018 — todas as quatro grandes operadoras do Brasil (Tim, Claro, Vivo e Oi) tiveram aumentos na disponibilidade entre 6% e 9% — a métrica avalia a quantidade de tempo que a conexão está disponível para os usuários em seus deslocamentos.

A Tim passou de 71,87% para 78,6% e lidera este quesito. A Vivo, de 61,84% para 68%. A Claro, de 58,26% para 67,9% — o maior crescimento no período. A Oi, de 53,9% para 59,7%.

A OpenSignal atribui a melhora nestas métricas à adoção da banda de 700 MHz do 4G — este sinal consegue entrar melhor em lugares fechados, o que facilita seu uso.

Claro lidera em velocidade

Se a Tim é líder em disponibilidade, quando o assunto é velocidade, a Claro deixa todo mundo para trás. A operadora venceu os testes de velocidade de download, velocidade de upload, latência e o novo quesito experiência de vídeo.

No download, a Claro teve, em média 18,8 Mbps de velocidade. Ao levar apenas conexões 4G em conexão, este número é ainda mais impressionante: 28,1 Mbps, quase 8 a mais que a Vivo, que ficou com o segundo lugar e atingiu uma média de 20,9 Mbps de download no 4G.

A título de comparação com países desenvolvidos, a velocidade média brasileira não está entre as melhores, segundo dados da própria OpenSignal, porém o Brasil tem números muito parecidos com o de países vizinhos — é importante ressaltar que nenhum desses tem extensão territorial comparada à do Brasil. Alguns exemplos:

Reino Unido: EE (28,9 Mbps), Vodafone (21,92 Mbps), 3 (18,78 Mbps) e O2 (14,61 Mbps)
Alemanha: Telekom (33,54 Mbps), Vodafone (21,4 Mbps) e O2 (18,07 Mbps)
México: Telcel (26,05 Mbps), Movistar (17,34 Mbps) e AT&T (15,22 Mbps)
Colômbia: Tigo (11,7 Mbps), Movistar (10,1 Mbps) e Claro (9,4 Mbps)
Argentina: Personal (17,14 Mbps), Movistar (11,25 Mbps) e Claro (10,54 Mbps)

No upload, a situação é bastante parecida. A Claro teve uma média de 6,3 Mbps de velocidade ao subir dados para a rede, mais de 2 Mbps de vantagem sobre a Vivo, que ficou com o segundo lugar. No 4G, ela é a única que se aproxima da casa dos 10 Mbps, com uma média de 9,7.

No novo teste de experiência de vídeo, a vitória também fica com a claro, com 55,7 pontos em uma escala que vai de 0 a 100. A latência da operadora também é a menor entre as quatro, com tempo médio de resposta de 68 milissegundos.

Para este estudo, a OpenSignal consultou dados de 395.814 brasileiros entre 1º de setembro de 29 de novembro de 2018.

[OpenSignal]

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