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O que vimos nos dois dias de Festival Path

Confira um pouco do que aconteceu durante o Festival Path.

por Letícia Negresiolo e Leonardo de Escudeiro

O bairro de Pinheiros recebeu neste final de semana, nos dias 14 e 15 de maio, a quarta edição do Festival Path, consolidando a identidade construída nesses últimos anos com diversas atrações envolvendo tecnologia, inovação, empreendedorismo, música e cinema. O time da F451 esteve presente em ambos os dias, assistindo a uma série de palestras e shows que agitaram o que a organização chamou de Cidade Path – uma mistura de ocupação do espaço público e privado, distribuída em dez locais.

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Com uma estrutura robusta, que teve 16 food trucks e quatro palcos entre suas localidades, o festival ofereceu mais de 300 horas de conteúdo, divididas em conversas sobre educação, meio ambiente, gestão de recursos naturais, soluções tecnológicas para problemas do cotidiano, entre vários outros temas. Abaixo, reunimos o melhor do que vimos nesses dois dias, além da cobertura específica dos sites da casa, Gizmodo Brasil, Risca Faca e Outra Cidade.

As palestras: o aprendizado das trocas de experiências

O Festival Path foi enriquecedor. As palestras, em especial, ocupam um lugar privilegiado no resultado final de como tudo aconteceu ao longo dos dois dias de evento. Maior parte delas teve um bom público, e algumas estiveram tão disputadas que formaram longas filas, lotando salas. O Instituto Tomie Ohtake, com diversas salas, recebeu maior parte das palestras, e o restante foi realizado em locais próximos dali: Lapa 40º, Fnac, Centro Cultural Rio Verde, museu A Casa e Teatro Cultura Inglesa.

A palestra sobre a economia circular, por exemplo, mostrou que esse formato, ainda pequeno no Brasil, abrange muito mais do que estratégias para reciclagem. É, na verdade, uma união entre tecnologia e a criação de novos modelos de negócios, responsáveis por, de acordo com Guilherme Brammer, gerar “menos impacto para o meio ambiente e mais impacto para a vida das pessoas”.

Heider Berlink, do Pague Verde, fala sobre seu projeto, um programa de benefícios para quem economiza energia doméstica (F451)

Já a palestra “Quebra das barreiras sociais através da cultura Hip Hop”, ministrada pelo DJ Bola, mostrou como essa vertente cultural pode, de fato, funcionar como ferramenta de empoderamento e inclusão social para moradores da comunidade e como lente de aumento para que pessoas de classe média alta vejam o mundo fora de suas bolhas.

A palestra “Juventude conectada: como usar redes de pessoas para melhorar o Brasil”, que contou com representantes da AIESEC, Impact Hub, Fundação Estudar e Future Learning, foi outra com provocações relevantes. Os participantes discutiram a importância das redes para o desenvolvimento e expansão de ideias que quebram o modelo engessado de educação que temos vigente.

A palestra Gentilezas Urbanas foi mediada por Ubiratan Leal, editor do site Outra Cidade. A conversa mostrou como a atual sociedade está em um momento bastante propício para o surgimento de coletivos e grupos que buscam colocar a mão na massa e melhorar as condições de suas comunidades.

A palestra sobre o R1T1, o primeiro robô de telepresença a trabalhar em um hospital brasileiro abordou como esse tipo de inovação já é mais do que realidade no país. Após três anos do início do projeto, o grupo conta com seis robôs espalhados em atividade pelo Brasil e já vislumbra um futuro em que o robô possa ser um grande parceiro para ajudar médicos em diagnósticos.

O tema tecnologia foi um dos mais presentes em diversas palestras do festival. Entre elas, destaque para as ministradas por holandeses no Teatro Cultura Inglesa: “Imprimindo uma ponte de aço”, Exercícios de Inteligência Artificial urbana”, “Cuddly Drones”, sobre uso de drones por crianças, e “Moda, uma interface integrada”, com Pauline van Dongen.

O clima da “Cidade Path”

A ideia por trás do conceito de Cidade Path funcionou e foi responsável por dar todo um charme ao evento. Ao aproximar-se dos locais escolhidos para compor o circuito de filmes, palestras e shows, a sensação era a de entrar em uma realidade diferente, paralela, em um espaço público. Andar pelas ruas e avenidas do bairro de Pinheiros nunca foi tão inspirador.

Isso no sentido de troca: conversar com as pessoas, trocar cartões de visita, ideias, apertos de mão e muitas informações – sobre o evento, palestras ou qualquer coisa que aguçasse a curiosidade de quem passava por lá e pedia por alguma explicação. Isso, é claro, não acontecia apenas nas ruas e praças. Na feira de start-up e no rooftop do centro de convenções, por exemplo, a troca de experiências estava presente a cada canto.

 Banda O Terno foi um dos destaques do sábado (F451)

Nas áreas destinadas aos shows e aos food trucks, a troca era ainda maior. Mesmo quem estava apenas passando por ali, sem saber do festival, aproveitou para ver os show nos palcos montados em duas praças, abertos ao público. Essa opção de abrir para as pessoas que não necessariamente estavam lá para conferir as palestras trouxe um atrativo a mais ao evento. Apresentações de bandas relevantes para a cena de rock paulistana, como O Terno e Baleia, ajudaram a espalhar a informação de que o fim de semana era de Festival Path.

Ficou curioso para ver um pouco desse clima? Separamos algumas fotos do Festival Path 2016, com as palestras, o público e alguns dos shows que aconteceram ao longo desses dois dias. Confira:

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