[Review] Chroma Squad confirma o hype e coloca um sorriso no rosto de quem joga

Há jogos que nos fazem imergir completamente em um mundo virtual, como Skyrim e GTA, outros nos motivam a superar desafios, como Bloodborne, mas não são todos que conseguem colocar um genuíno sorriso no seu rosto enquanto você joga. Isso foi o que aconteceu frequentemente comigo em Chroma Squad, jogo da Behold Studios que finalmente […]

Há jogos que nos fazem imergir completamente em um mundo virtual, como Skyrim e GTA, outros nos motivam a superar desafios, como Bloodborne, mas não são todos que conseguem colocar um genuíno sorriso no seu rosto enquanto você joga. Isso foi o que aconteceu frequentemente comigo em Chroma Squad, jogo da Behold Studios que finalmente é lançado nesta quinta-feira (30), para PC.

O sorriso de orelha a orelha vinha logo no menu do jogo, com uma música que já te deixa no clima dos seriados japoneses de mais de 20 anos atrás. Depois o semblante voltava em cada referência que encontrava a séries, filmes e outros games (e o jogo tem muitas), mas logo percebi que isso acontecia também por um reflexo típico de estar me divertindo com um bom jogo.

Não é preciso dizer que Chroma Squad homenageia as equipes super sentai que entretinham crianças e adolescentes na TV no começo dos anos 90: Flashman, Changeman e, claro, Power Rangers. Mas é importante ressaltar o quão bem ele consegue captar o espírito delas.

No jogo, além de controlar os habituais cinco jovens que devem enfrentar as forças do mal, é preciso também comandar o estúdio de TV que produz o programa. É nessa metalinguagem que surgem os momentos engraçados, quando são usados os clichês característicos dos seriados super sentai: o tom de galhofa em tudo, personagens falando com gestos corporais e histórias sem pé nem cabeça para justificar as lutas.

O ápice chega quando acontece o maior (e mais legal) dos clichês: robôs contra monstros gigantes.

Tudo isso não valeria de nada se o jogo em si fosse ruim, o que não é nem um pouco o caso aqui. O que mais chama a atenção em Chroma Squad é que TUDO chama a atenção e tem um destaque interessante. De pequenos detalhes, como um efeito para emular um monitor CRT no início do episódio, a forma como o jogo usa linguagem de internet com os fãs, que na verdade são os apoiadores do jogo no Kickstarter, até chegar na jogabilidade.

Mas alguns ainda devem estar se perguntando: “Afinal, como se joga Chroma Squad?”

 A tática da audiência

Chroma Squad é descrito como um RPG Tático e assim como em Xcom: Enemy Unknown e Fire Emblem: Awakening, basta uma partida para sacar o básico de como funciona. Batalhas por turnos, movimentação por quadrados e por aí vai.

As batalhas acontecem quando o jogador “atua” nos episódios do seriado/fases do jogo e o que mais me prendeu a essa parte foi perceber o quanto essa jogabilidade se integra bem a todo o conceito de um programa de TV que é proposto no jogo. Pode parecer estranho falando assim, mas um exemplo disso está na busca pela audiência em cada partida.

Quanto mais movimentos especiais, golpes elaborados e cooperação entre os personagens durante as batalhas, mais aumenta a barra de audiência do episódio e ela afeta, inclusive, o momento em que os atores podem “morfar” para virarem Chroma Squad.

Apesar da parte tática ser algo central, falar que Chroma Squad se limita a isso é ofuscar parte do jogo. Entre os episódios, entra em cena (com o perdão do trocadilho) o lado “pequenas empresas, grandes negócios” ao gerenciar o seu estúdio de TV.

No início do jogo você só tem um galpão e alguns trapos como fantasias, mas conforme o sucesso do programa aumenta, é possível comprar melhores equipamentos, contratar empresas de marketing para impulsionar lucros e conquistar mais fãs. Nessas horas também há a possibilidade de comprar (ou até mesmo criar) equipamentos e armas melhores para os heróis. É um gerenciamento de grupo de RPG disfarçado de administração de empresas. Não poderia fazer mais sentido.

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Se há falhas em Chroma Squad, elas estão nos pequenos bugs. Uma fala que não aparece ou um texto que ainda não está traduzido na versão PT-BR, mas nada que afete a experiência do jogo. É bom lembrar que eu estava jogando antes do lançamento e isso deve ser logo corrigido com atualizações.

Acredite no hype

Chroma Squad já tinha me ganhado há muito tempo, desde a época da campanha do jogo no Kickstarter (para esclarecimento, eu NÃO fui um dos apoiadores). Jogá-lo em sua versão completa só fez provar que o hype por ele era real. Um caso raro de acontecer.

Os motivos da empolgação é que mudaram. Se antes me interessava por Chroma Squad como uma homenagem aos seriados japoneses que fizeram parte da minha infância, agora eu o aprecio também como um excelente jogo.

Depois do sucesso de Knights of Pen and Paper, Chroma Squad faz a Behold Studios se firmar definitivamente como uma das principais desenvolvedoras indies, não só no Brasil, mas também internacionalmente.

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Chroma Squad pode ser adquirido no Steam ou na lojas brasileiras Nuuvem e Splitplay. O jogo ainda terá versões para PS4 e Xbox One, que deverão ser lançadas até o fim do ano. A cópia para essa análise foi cedida pela Behold Studios.

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