Review do T-Mobile G2 (Google Ion): prêmio de mais melhorado de todos
Não só o telefone T-Mobile G2/HTC Magic/Google Ion é um bocado melhor que o T-Mobile G1 original em praticamente todos os aspectos como ele ainda consegue fazer isso reduzindo significativamente o tamanho. A única coisa que ele não tem a seu favor é um teclado físico.
Observação: este não é tecnicamente o G2 já que ele ainda não foi lançado oficialmente por aqui, mas o T-Mobile G2 terá o mesmo hardware e o mesmo software — os mesmos, essencialmente, que o HTC Magic europeu — então este é o mais próximo do G2 que você verá até a T-Mobile começar a exportar os seus aparelhos.
Hardware
Permita-me repetir o que diz este anúncio que passa na TV nos EUA e já tirar este peso: a tela é fantástica. Se você colocar o G1 e o G2 lado a lado, o G2 possui uma matiz mais azulada, ao passo que o G1 é mais arroxeado. O G2 produz brancos mais brancos que o G1. Ele não parece mais brilhante — apenas mais bacaninha.
O seu casco generosamente curvo é mais grosso que o iPhone, mas menos largo, o que de fato faz com que ele passe uma sensação melhor na mão. Ele pesa 116g comparado com os 159g do G1, mas de algum modo parece ser ainda mais leve, mais ou menos a metade do peso. Aquele queixo curvo que incomodava tanto enquanto se digitava no G1 não é mais um problema em função do fato de não haver um teclado física que desliza para fora. Os botões faciais agora são menores, brilhantes e em alto relevo, fazendo com que eles sejam mais fáceis de localizar e apertar. Há também um botão extra: Busca. Este faz aparecer um menu de busca de contexto para aplicativos como contaos, e-mail e o navegador.
Ele também é melhorado internamente. O suporte a estéreo Bluetooth A2DP é padrão (foi habilitado para o G1 no update 1.5 Cupcake) e o corpo mais delgado comporta uma bateria de 1340mAh (o G1 possuía uma mísera bateria de 1150mAh). Mais tarde faremos um teste com a bateria, mas as espeificação da HTC informam ser 400 minutos de conversa comparados com os 350 no G1.
A câmera tem os mesmos 3,2 megapixels e, desde o update 1.5, tanto o G1 quanto o G2 podem gravar vídeo decentemente. Nada muito excelente, apenas decente. Fotos posadas são tão boas quanto no G1 sob luz solar e ainda são não muito boas sob luz fraca.
A diferença mais perceptível é o incremento de ROM e RAM: 512MB e 288MB, respectivamente. O hardware turbinado faz uma diferença bastante notável na velocidade ao abrir e usar aplicativos.
Infelizmente, ainda não há entradas de 3,5mm para headphones e você ainda precisa usar um adaptador se quiser usar os seus próprios headphones. A entrada de cartão microSD também fica escondida sob a capa traseira da bateria, mas ainda bem que não fica debaixo da própria bateria.
O hardware foi melhorado em praticamente todos os aspectos, exceto pelo fato de que você não tem mais um teclado física para digitar rapidamente os seus e-mails e mensagens de texto. Mas, felizmente, o teclado por software de fato torna esta perda algo suportável.
Software
O G2 vem com o mesmo SO Android 1.5 que acabou de ser lançado para o G1 — o mesmo update que temos acompanhado pelo seu longo ciclo de desenvolvimento — então nada disto será uma grande surpresa. A principal diferença é que agora você precisa usar o teclado por software.
Além disso, em vez de trocar de e para modo paisagem quando o teclado fica estendido, o G2 usa o acelerômetro para detectar as transições. Funciona direitinho e usa um efeito de escurecimento / clareamento. Não é uma transição das mais rápidas, mas tampouco é lenta assim. E o teclado em modo paisagem funciona com todos os aplicativos e todos os campos que testamos.
Mas e o teclado em si? Ele é ligeiramente menos bom que o do iPhone. Assim como o iPhone (e o G1), ele possui uma tela capacitiva. Apertar uma tecla faz com que a tecla salte para cima, assim você consegue ver o que está digitando. O bom da história é que o Google decidiu contra a solução atrapalhada do outro-lado-do-teclado que eles tinham antes.
Apesar do reconhecimento da letra ser preciso e ser intuitivo se você digitou no iPhone, ele ainda precisa que a sua sensibilidade seja elevada em uns 20%. De vez em quando, ao apertar uma tecla, o telefone fica lá, parado, olhando pra você e fazendo nada. A maior incidência de todas é a tecla de espaço que se recusa a detectar o seu toque, fazendocomquesuaspalavrasfiquemjuntas. Isto acontece em sua maior parte quando você digita realmente rápido, então fica parecendo que o hardware não é veloz o suficiente para acompanhar a sua digitação.
O legal é que o telefone exibe múltiplas palavras adivinhadas (como em muitos outros telefones) para completar automaticamente, o que pode economizar as suas tecladas em palavras mais compridas. E, pelo que podemos ver ao enviarmos uma pancada de e-mails e mensagens de texto dele, o dicionário é bastante acurado na detecção do que você está digitando.
Ainda não é um teclado física, mas pelo menos é tão bom quanto digitar no iPhone, com a sensibilidade ligeiramente piorada (sendo assim menos rápido de se digitar nele), compensada pelo recurso melhorado de completar automaticamente.
Veredicto
Apesar de o T-Mobile G2/Google Ion/HTC Magic ainda ter os seus defeitos, ele é essencialmente melhor que o G1 em todos os aspectos. Ele é mais leve, mais rápido, melhor e supostamente dura mais tempo com uma carga de bateria. A menos que você absolutamente precise do teclado físico para digitar uma enorme quantidade de texto, não há motivo real para os adoradores de Android não pegarem o G2 quando ele for lançado pela T-Mobile em breve.
Mais leve, mais estreito e mais rápido que o G1
Teclado por software de fato funciona
Não tem mais teclado físico
Exatamente o mesmo SO que no G1, então não há muito motivo para trocar de aparelho se você já possui o anterior