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[Review] MacBook Air 13″: Adeus, gordinho

O novo MacBook Air de 13" é a espada katana da Apple: fino, durável, poderoso, bonito. Mas será afiado o bastante para ser a sua escolha de arma? Saindo da metáfora: já dá para abandonar o MacBook Pro?

O novo MacBook Air de 13" é a espada katana da Apple: fino, durável, poderoso, bonito. Mas será afiado o bastante para ser a sua escolha de arma? Saindo da metáfora: já dá para abandonar o MacBook Pro?

Specs
MacBook Air 13" (fim de 2010)
Preço: US$ 1.799 (EUA), R$ 5.699 (Brasil)
CPU e Gráficos: processador 2.13GHz Core 2 Duo, GPU Nvidia GeForce 320M
Memória e Armazenamento: 4GB RAM, 256GB flash
Tela: 13.3 polegadas (1440×900)
Bateria: Aproximadamente 6,5 horas de navegação contínua com brilho da tela em 50%
Peso: 1.32 kg
Portas: 2 USB, Mini DisplayPort, cartão SD, entrada para fone de ouvido

Faz dois anos desde o último MacBook Air. Dois anos para a Apple redefinir novamente o espaço de ultraportáteis. E redefiniram mesmo: o novo Air vem com uma solução de armazenamento flash que nunca foi usada antes, ainda conta com pouquíssimas portas e conexões e vem com uma lista de especificações comparável a um notebook normal — usando até um processador da geração anterior. Não há dúvida de que este laptop é diferente. E este é o ponto: que a experiência Apple não piora com o MacBook "Lite". Este produto grita silenciosamente — ao menos no papel — que o Air é bom o bastante para muitos de nós nos separaramos dos nossos MacBook Pros.

Alguém serrou o MBP de 13 polegadas ao meio. É isso que parece quando você olha para o MacBook Air. Não há nenhuma diferença notável no teclado, além das teclas parecerem estar um pouco mais baixas. O trackpad é exatamente o mesmo. Comparando os dois lado a lado, a tela do Air se destaca por ser mais brilhante e nítida, mas, de resto, quase nenhuma diferença. Até você pegar os dois nas mãos.

A diferença de 725 gramas entre os dois pode não parecer muito, mas é uma maravilha. Jogado em sua mochila ou bolsa, o Air é forte o bastante para que você não se preocupe com ele e leve o bastante para que você nem lembre dele.

E, na boa, ele voa. O Air que eu testei não conseguiu acompanhar os maiores MacBook Pros com Core i5, mas é tão rápido quanto o meu Core 2 Duo 13 polegadas de 2.26GHz do ano passado. Vídeos do YouTube em 1080p e tela cheia rodando sem falhas. Vídeos mp4 720p de dois minutos sendo convertidos no Handbrake em pouco mais de quatro minutos — não tão rápido, ok, mas respeitável para um arquivo desse tamanho. Com um vídeo 1080p o Air já se atrapalhou um pouco mais, se arrastando por 13 minutosp ra terminar um clipe de cinco minutos. Mas fez.

Deus do céu, como esse troço é leve. Dá vontade de jogar por aí como se fosse um frisbee. Lindo design. Eu vou sonhar com esta tela por alguns dias depois de voltar para a do meu notebook. Ele boota como se nunca tivesse sido desligado e acorda como se nunca tivesse hibernado. Múltiplas abas, streaming de música, renderização no iMovie, edições no Photoshop, tudo ao mesmo tempo sem dar nenhuma bola de praia giratória. Uma pontuação Geekbench de 3026 mostra que o desempenho de CPU e memória está logo atrás do MacBook Pro de 13 polegadas com Core 2 Duo de 2.26GHz (que fez 3239). Minhas costas e ombros nunca agradeceram tanto um produto de review. Bateria que dura o dia todo (te poupando também do peso do carregador na mochila). Não há nenhum outro ultraportátil que tenha acertado tão em cheio no teclado e no trackpad. Eu estava no elevador e um estranho perguntou se podia pegar no colo.

Caro demais. Demais. Considerando os preços americanos, dá pra comprar dois Toshiba Portégés e sobra uma bela grana. Não tem drive de disco (mas você pode comprar um externo por mais 80 dólares). Não tem porta Ethernet. 256GB de armazenamento está fora da minha zona de conforto. O ventilador trabalha pra caramba quando se exige demais da máquina. Não ter iluminação nas teclas é como não ter TV à cabo: você mal percebe quando tem, mas dá por falta se fica sem. Para jogos sérios, ele é só um pouquinho pior do que o MacBook Pro de 13", o que significa que ele realmente, absolutamente não serve para isso. Os speakers são bem pequenos — o que é típico para um ultraportátil, mas significa que eu preciso gostar. E o preço. Caro demais.

Esta foi uma das primeiras vezes que eu fiquei genuinamente triste de devolver uma unidade de testes. Primeiro porque eu realmente gostei muito de usar o Air, mas principalmente porque eu sei que comprar um para mim está fora do meu orçamento. Mas pode acreditar que eu vou fazer uma poupancinha. Se você não está tirando o máximo do seu MacBook Pro, usando ele mais para navegar e mandar emails, mas também precisa de uma forcinha extra para editar uma imagem, renderizar um vídeo ou fazer streaming de episódios dos seus seriados favoritos, não há motivo para que você não queira muito um desses.

 

 

 

 

 



 

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