[Review] Metal Gear Solid V: The Phantom Pain – Kojima deixa a Konami com uma obra-prima

Sabe quando aquele cara é mandado embora da empresa e faz de tudo para mostrar o seu valor? É a história que você encontra também em Metal Gear Solid V.

por Thiago Simões

Sabe quando aquele cara é mandado embora da empresa e faz de tudo para mostrar o seu valor em seu novo trabalho? É a história que você encontra também em Metal Gear Solid V: The Phantom Pain.

Aquele jargão horroroso “fechando com chave de ouro” nunca encontrou um significado tão grande com o desenvolvido por Hideo Kojima. E também não é à toa que se encontram os nomes de Hideo Kojima e do Kojima Productions em TODOS os capítulos da nova aventura.

Não tem como começar uma análise de MGSV sem falar de sua beleza gráfica, e dá até para fazer uma analogia com o início do título. Depois de passar nove anos em coma no Chipre, Snake acorda sabendo que praticamente todos querem sua cabeça.

Eu jamais vi algo tão perfeito e realista em minha vida. Mais do que isso: o motor gráfico não engana apenas em cutscenes. Geralmente, temos aqueles jogos belíssimos, mas, na hora do gameplay, a qualidade cai consideravelmente; mas aqui, a transição é tão perfeita que mal se nota a diferença gráfica. Mais do que isso, tudo é baseado em um mundo aberto para as determinadas missões, com efeitos de luz que te deixarão de queixo caído, além da passagem do dia para a noite, que abusa da cor preta sem fazer você ficar totalmente no escuro.

A questão é que depois disso tudo apresentado, nada melhor do que Big Boss e Miller consertarem os erros do passado e tentarem recriar um futuro, que ainda pode ser obscuro, mas que terá Snake – ou você – como protagonistas.

Mas espere, antes de prosseguir, há algo importante que você deve saber. Ground Zeroes, o “demo pago”, controverso por isso, ganha vida depois que a aventura começa. Lógico que você não é obrigado a jogá-lo, mas recomendo, pois será parte do quebra-cabeça de The Phantom Pain.

Aliás, MGSV bebe da fonte de quatro jogos anteriores da franquia (Guns of the Patriots, Portable Ops, Peace Walker e Snake Eater) e não se limita ao fato do seu personagem ir do ponto X ao Y e matar um chefão e aguardar minutos de cutscenes, naquele ritmo metódico constatado nas versões anteriores. É aí que entra o mundo aberto, no qual você comandará a base dos Diamond Dogs, recrutando soldados e tendo como missão fortalecer seu grupo para combater os inimigos.

O conceito de Portable Ops e Peace Walker – base mãe

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Tanto Portable Ops quanto Peace Walker trouxeram à franquia a gestão de um quartel-general, a chamada base mãe. Em MGSV, ela está presente no meio do mar, como se fosse uma base de petróleo. É por meio dela que você comandará suas tropas, optará por missões, desenvolverá grupos de soldados, armamentos para seu exército terrestre e aéreo e até mesmo sua base.

Seu objetivo será desenvolver o grupo Diamond Dogs e, para isso, você receberá ofertas de missões, como resgate de prisioneiros, eliminação de inimigos e sabotagem. Com isso, arrecadará PMBs para desenvolver seu arsenal e a base militar. Só que isso não bastará. Será necessário adquirir combustível, metais e materiais biológicos para o seu desenvolvimento, portanto, prepare-se para colocar em dia o seu espírito de procura.

As missões

Em cada missão, você poderá customizar o armamento e as ferramentas que serão utilizadas (algumas com custos), além do horário de chegada, que pode ser diurno ou noturno, e o local do pouso e da extração via helicóptero. Ainda é possível visualizar o mapa da missão de diversas formas, para saber da presença de montanhas, rios e mata fechada e, desta forma, criar uma estratégia antes de tudo começar.

No campo de combate, você pode dar uma de Rambo, matando todo mundo que vê pela frente, ou então, utilizar toda a experiência de Snake no mundo stealth, com centenas de opções para infiltração no terreno inimigo. Prepare-se para gastar um tempinho analisando o mapa e, principalmente, utilizando o binóculo em terra para criar a melhor estratégia possível. Essas duas formas de realizar as missões terão influência direta em sua moral, que pode ser negativa ou positiva.

Após a conclusão dos objetivos principais, ainda é possível cumprir missões secundárias dentro do campo de batalha, como recrutar um russo que fala inglês, para melhorar sua inteligência ao longo da aventura, ou eliminar russos de alta patente. As Side Ops são fundamentais para dar uma vida a mais ao jogo, sem contar que elas facilitarão muito durante as aventuras necessárias para fechar o título.

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Os fãs de Metal Gear, já acostumados com a cara cinematográfica dos trabalhos de Kojima, com certeza ficarão contentes com The Phantom Pain. Como dissemos, o game traz tudo de novidade que outros títulos utilizaram e o transformou em um arsenal de opções dentro do jogo, com um pano de fundo perfeito e um motor gráfico admirável, sem contar a mecânica fluida já conhecida.

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