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[REVIEW] Mortal Kombat X mostra o futuro dos jogos de luta next-gen

Nosso colunista Thiago Simões analisa o recém-lançado Mortal Kombat X.

O número 10 sempre foi emblemático em diversos cenários. É um dos mais apreciados por diversas religiões e um dos que está em extinção no futebol. Na química é o número atômico do neônio, um dos gases nobres da tabela periódica. E nos games?

Mortal Kombat X chegou ao mercado com muita expectativa ao seu redor. Uma esperança que ficou guardada na mente dos fãs da série e dos apaixonados por jogos, nos últimos meses. Uma possibilidade confirmada quando o coloquei para rodar no meu computador. Poderíamos falar da história, das diversas novidades, mas preferi focar em três pontos cruciais para que você se interessar pelo game. Pontos que o diferenciam dos concorrentes e que podem abrir uma nova disputa dentro do gênero na nova geração.

1 – Primeiro jogo de luta realmente “nextgen”

A primeira coisa que paramos para ver foram os gráficos. Fica claro que o trabalho colocado em pauta ficou excelente. Nem eu, que tenho um PC bom, consegui customizá-lo com todas as qualidades possíveis, sofrendo um pouco com o screen tearing, até porque, um televisor com GSync está fora de cogitação no momento. Para termos uma ideia da diferença gráfica, compare as imagens de cima com as de baixo. Fica fácil saber quais são a do MKX, não é mesmo?

Vale destacar também os cenários, cade vez mais vivos e com mais interações, como no título anterior. Praticamente temos vida dentro deles, com ações acontecendo independentemente da luta. Dá para irmos até um pouco mais longe, comparando graficamente com novo Killer Instinct, um título next-gen. Creio que a comparação ideal ocorrerá quando for lançado o próximo Street Fighter.

2 – Se você é louco por fatalities, este é o seu Mortal Kombat

Mortal Kombat X possui 29 personagens. Cada um deles possui 2 fatalities, 5 brutalities e 5 faction kills. Além disso, existem três variações de jogo para cada um dos competidores e, se isso já não bastasse, ainda tem as finalizações exclusivas de cada um dos cenários. Conseguiu fazer as contas? Por baixo, passamos facilmente de 400. Se você torcer o computador pingará mais sangue no chão do que o antigo Notícias Populares, jornal que circulou em São Paulo até janeiro de 2001 e ficou conhecido por estampar muito sangue em suas páginas.

Quando falamos da diversidade de fatalities, imaginamos a infinidade de personagens. A NetherRealm colocou mais combatentes nesta edição, mas sem perder a característica principal da aventura e deixar de lado os verdadeiros figurões da série. Foi um “algo a mais” para tornar o jogo mais atraente e com um replay gigantesco.

Algo que eu não simpatizei muito foi com aqueles pacotes de fatalities fáceis, onde os jogadores menos acostumados podem comprar e fazer os movimentos de forma extremamente tranquila. Penso que o desafio do jogo está aí, porém pode aproximar mais jogadores casuais.

3 – Facções

Quando você entra no jogo é necessário escolher uma das cinco facções existentes. Tudo o que for feito dentro do game, offline e online, vale pontos para sua facção. Estes “metadados” são compartilhados entre todas as plataformas: PC, XONE, PS4, iOS e Android (no futuro para 360 e PS3).

Os dados computados geram um ranking e, no fim de cada semana, uma facção sagra-se campeã. Os integrantes da facção vencedora ganham prêmios, que podem ser banners, ícones e até fatalities especiais, exclusivos de cada uma das organizações. O banner, para quem não sabe, serve para customizar o seu perfil.

O número 10, nos games, ganhou um capítulo à parte com a chegada de Mortal Kombat X no mercado. Deixe de lado as dublagens em português (este é um outro capítulo), coloque o jogo em inglês e divirta-se. Vamos esperar o que vem pela frente no mundo das lutas, pois uma nova porta se abriu no mercado.

Thiago Simões é comentarista de futebol e hóquei no gelo na ESPN, e toda segunda-feira ele falará de games em sua coluna para o Gizmodo Brasil. Siga o Thiago no Twitter.

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