[Review] Razer Phone 2: seu maior upgrade é ser melhor para o dia a dia

Quando a Razer deu luz a uma nova categoria de smartphones no ano passado, ela ofereceu aos gamers duas funcionalidades que geralmente não eram encontradas em outros celulares: uma bateria grandona de 4.000 mAh e um display fantástico com taxa de atualização de 120Hz que fazia com que os jogos parecessem rodar muito mais suaves. […]

Quando a Razer deu luz a uma nova categoria de smartphones no ano passado, ela ofereceu aos gamers duas funcionalidades que geralmente não eram encontradas em outros celulares: uma bateria grandona de 4.000 mAh e um display fantástico com taxa de atualização de 120Hz que fazia com que os jogos parecessem rodar muito mais suaves.

Agora que as outras fabricantes começaram a se importar mais com jogos, como a Razer levou adiante a ideia de um smartphone para games?

A resposta é simples: fazendo ajustes para que o celular fosse melhor em tarefas do dia a dia como assistir a filmes, tirar fotos, entre outros. O primeiro telefone da Razer parecia ser um aparelho secundário ou voltado para as pessoas que só pensam em jogar. Não era um aparelho para carregar por aí o tempo todo.

• Razer Phone (2017): tela de 120Hz impressiona, mas talvez não seja o bastante para comprá-lo
• A Razer construiu o smartphone que os gamers merecem (sim, ele tem luzes coloridas)

O que é?

Um celular para gamers

Preço

Começa em US$ 800. O modelo de US$ 900 tem um acabamento diferente.

Gostei

Nova iluminação RGB, resistência à água IP67, carregamento sem fio Qi e alto-falantes mais potentes

Não gostei

Autonomia de bateria na média, nenhuma chance de customizar as cores para os alertas de notificação nas luzes RGB da traseira e ele ainda roda o Android 8.1 Oreo.

Para essa segunda tentativa, a Razer manteve a tela de 5,7 polegadas com taxa de atualização de 120Hz, enquanto quase dobrou o brilho dos medíocres 350 nits para 615 nits. O novo número se compara (ou excede) o brilho que você tem no Galaxy Note 9 (616 nits) ou no iPhone Xs (547 nits) e torna mais fácil de enxergar o que está na tela, especialmente debaixo da luz do sol.

Além disso, a Razer adicionou resistência à água com certificação IP67. E mesmo com mais proteção contra a água, os alto-falantes do Razer Phone 2 estão mais poderosos. São, facilmente, um dos alto-falantes mais altos em qualquer smartphone.

Na traseira, a Razer trocou o metal da primeira geração por vidro, o que tornou a adição do carregamento sem fio Qi possível. E, é claro, seria um erro não mencionar as novas luzes RGB escondidas atrás do logo da Razer. Ela pode pulsar e emitir um arco-íris de cores, igual a outros acessórios da marca. Há ainda um truque: as luzes podem piscar em cores diferentes de acordo com a notificação que você recebe. Infelizmente, não dá para customizar as cores para cada aplicativo, então o Snapchat sempre será amarelo, Gmail será vermelho e assim por diante. Pelo menos você pode ter uma ideia do que chegou, mesmo que o celular esteja virado com a tela para mesa.

A distância adicional entre as duas câmeras traseiras do Razer Phone melhora a função do modo retrato. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

De longe, o maior upgrade do Razer Phone 2 é o novo módulo de câmeras. A baixa qualidade para fotos tende a ser um problema para várias startups de smartphones, como a Essential. No ano passado, a Razer descobriu da maneira mais dura que oferecer uma experiência de câmera premium não é fácil. E apesar das numerosas atualizações pós-lançamento, o telefone Razer muitas vezes sofria com fotos fora de foco.

No Razer Phone 2, a empresa colocou dois sensores atrás. Isso significa que você pode tirar fotos no modo retrato, que todo mundo parece amar atualmente, o tempo todo. Na traseira há o bônus de uma lente com zoom óptico de 2x. Há ainda um processamento aprimorado de HDR automático, melhor foco um novo sensor de estabilização óptica de imagem. Os resultados são uma experiência de câmera significativamente melhor.

As fotos do Razer Phone 2 são muito mais nítidas do que o modelo do ano passado, mas a reprodução de cores não é tão boa quanto a de um Pixel 3.

Dentro de casa, a história é parecida, e embora um filtro possa encobrir grande parte da diferença, as fotos do Razer Phone 2 carecem de riqueza.

Além dos reflexos extras que ressaltaram na lente da câmera, o Razer Phone 2 também brigou com fontes de luz, como os faróis e lâmpadas da rua.

Quando o cenário fica realmente escuro, as fotos do Razer Phone 2 sofrem com muito ruído.

Só para esclarecer, mesmo com todos esses upgrades, as fotos do Razer Phone 2 ainda não são tão boas quanto as de smartphones de primeira linha, como o Pixel 3, como se vê claramente em uma rápida comparação. As fotos do Razer Phone 2 são bastante nítidas, mas há uma clara diferença entre ele e o Pixel 3 quando se trata de exposição e saturação de cor. E quando o ambiente fica escuro, o Razer Phone 2 geralmente produz muito ruído na imagem. Para a maioria das pessoas, muitas dessas deficiências podem ser facilmente ocultadas por um filtro ou por uma edição rápida em algum app. O que realmente importa é que as câmeras do Razer Phone 2 não são um fiasco total.

Quando se trata de jogos, o Razer Phone – como todos os outros celulares Android deste trimestre – passou a utilizar um chipset Qualcomm Snapdragon 845, mantendo 8GB de RAM, slot para cartão microSD e 64 GB ou 128 GB de armazenamento, dependendo do modelo que você escolher. (O modelo preto brilhoso vem com 64GB, enquanto o modelo preto acetinado possui 128GB).

Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Há também um novo dissipador de calor por meio de um sistema de câmara de vapor que ajuda a resfriar e distribuir melhor a temperatura e, com base em nossos valores de referência, há um efeito pequeno, mas perceptível. O Razer Phone 2 frequentemente teve uma pontuação 5% maior do que outros dispositivos que usam o chipset Snapdragon 845 em testes do Geekbench 4 e no 3DMark. A liderança se manteve mesmo após vários testes.

No entanto, mesmo com um processador mais eficiente e uma bateria enorme de 4.000 mAh, a autonomia do Razer Phone 2 só aumentou cerca de meia hora em relação ao modelo do ano passado. O modelo aguenta 9h45min no nosso teste ininterrupto. Olhando para o todo, o resultado é mediano.

Dos cerca de 30 jogos com suporte ao display de 120Hz, o aplicativo Razer Cortex só mostra quatro no momento. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Para ajudar a gerenciar seus jogos, a Razer criou um aplicativo, chamado Cortex, que possui uma seção “Game Booster” para que você ajuste configurações para cada game, incluindo resolução, anti-aliasing, taxa de atualização de tela, entre outros.

É bacana para configurar o uso dos 120Hz para jogos como o Need For Speed No Limits ou Alto’s Odyssey, por exemplo.

Eles já pareceram uma boa ideia, mas não tenho certeza se há uma necessidade real de sensores de impressão digital na lateral. Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

O Cortex também serve como uma ferramenta para encontrar novos jogos, embora isso signifique que você irá se deparar com alguns pop-ups de vez em quando. A minha maior reclamação sobre o aplicativo Cortex é que ele é dividido em três categorias (destaque, jogos de 120Hz e Razer Partners), mas a seção de 120Hz tem apenas espaço suficiente para exibir quatro aplicativos por vez.

Atualmente, o número de jogos compatíveis com as taxas de atualização da Razer está próximo de 30, mas é difícil saber quais são, porque não há como ir mais fundo no app. Esses jogos de 120Hz deveriam estar destacados, já que a tecnologia da tela da Razer ainda é o componente mais importante do dispositivo.

O Razer Phone 2 não é para todos. E tudo bem. Para você amar esse telefone é preciso: gostar de telas grandes, curtir umas luzes RGB na traseira e ser capaz de apreciar o impacto da tela de 120Hz. Graças aos ajustes no alto-falante, tela e câmeras, o Razer Phone 2 é um dispositivo muito mais flexível e bem adaptado para outros usuários – desde que você se sinta disposta a gastar US$ 800. A segunda tentativa da Razer deu certo e esse celular é melhor tanto para os gamers quanto para usuários comuns – pelo menos se comparado com a primeira geração.

Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

Direto ao ponto

• O Razer Phone 2 não é para todos, mas graças a câmeras melhores, carregamento sem fio e resistência à água IP67, ele é um smartphone ok para o dia a dia.

• A duração da bateria aumentou em cerca de meia hora em relação ao antecessor. Isso é bom, mas a autonomia chega a 9h45min, o que é relativamente comum em comparação com os celulares topo de linha “normais”.

• O Cortex App da Razer poderia ser mais organizado para que fosse mais fácil encontrar jogos que aproveitam a tecnologia da tela com taxa de atualização de 120Hz.

• A nova luz RGB na parte traseira é agradável, mas falta personalização. Ela também poderia ser mais brilhante.

Especificações do Razer 2
Android 8.1
Qualcomm Snapdragon 845
8GB de RAM • 64/128GB de armazenamento
Slot para cartão microSD
tela LCD de 5,7 polegadas com resolução de 2560 x 1440 pixels e taxa de atualização de 120Hz
Resistência à água com certificação IP67
Porta USB-C
Carregamento sem fio Qi
Entrada para fone 3.5mm
Câmera frontal de 8-MP e câmera traseira de 12-MP (com zoom 2x)
Bluetooth 5.0
Bateria de 4.000 mAh
Preço a partir de US$ 800
Disponível em preto brilhante ou preto acetinado (por US$ 100 a mais).

Foto: Sam Rutherford/Gizmodo

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