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[Review] Super Mario Galaxy 2

Dia 23 de Maio foi o lançamento oficial de Super Mario Galaxy 2, inclusive aqui no Brasil. Nós aqui do Giz também jogamos bastante e apesar de não costumarmos fazer reviews de jogos, resolvemos abrir uma exceção. Primeiro porque todo mundo conhece o Mario (aquele). Segundo porque ele está recebendo todo o amor possível da crítica (média 98 nas avaliações). E, por último, ele consegue fazer alguém que não se interessa - ou não sabe jogar - se divertir com o Wiimote. Está na hora de tirar a poeira do Wii? Vejamos.

Dia 23 de Maio foi o lançamento oficial de Super Mario Galaxy 2, inclusive aqui no Brasil. Nós aqui do Giz também jogamos bastante e apesar de não costumarmos fazer reviews de jogos, resolvemos abrir uma exceção. Primeiro porque todo mundo conhece o Mario (aquele). Segundo porque ele está recebendo todo o amor possível da crítica (média 98 nas avaliações). E, por último, ele consegue fazer alguém que não se interessa – ou não sabe jogar – se divertir com o Wiimote. Está na hora de tirar a poeira do Wii? Vejamos. 


História

Primeiro é preciso ressaltar que SMG2 não é uma continuação direta do primeiro. Por mais que a história do game anterior seja fofa, na opinião de Miyamoto ela acabou ficando complexa demais e destoando do clima descompromissado que é freqüente nas aventuras de Mario. É justamente por isso que voltamos ao básico em Super Mario Galaxy 2, com o jogo se passando em uma realidade alternativa a de Super Mario Galaxy, na qual o nosso encanador favorito nunca conheceu as Lumas ou a concorrente da Peach no papel de princesa-em-perigo, Rosalina.

O enredo então retoma o clichê da maioria dos jogos do italiano: Por um motivo qualquer, Peach chama Mario para visitá-la em seu castelo e chegando lá, somos “surpreendidos novamente”.  Bowser ataca o castelo e seqüestra a princesa. Oh noes, Déjà vu! 

As diferenças em relação ao jogo anterior

Depois de algum tempo de jogo, Luigi agora aparece em algumas fases pra ajudar o irmão, mas você só poderá jogar com ele à vontade quando terminar o jogo pela primeira vez (logo depois da batalha final contra Bowser, o que pode acontecer a partir de 70 estrelas).

Além disso, toda vez que você completar uma fase jogando como Luigi, um ghost dele – que supostamente seria a gravação de uma partida de algum desenvolvedor do game – ficará disponível na mesma fase para competir e ver quem alcança a estrela primeiro. Aparentemente não há nenhuma recompensa extra por fazer isso, a não ser é claro que você seja alguém extremamente competitivo e finja que o desenvolvedor no acaso é o mestre Miyamoto – ou Satoru Iawata, se você preferir – só para ter aquela sensaçãozinha de “OMG! Eu chutei a bunda do Miyamoto!”.

Outro detalhe interessante é que, conforme você avança no jogo e completa os objetivos das fases que envolvem ajudar um NPC, novos tripulantes vão surgindo na sua nave espacial. Ou melhor, como diria a Lubba – a estrela roxa e gorducha que fez a navezinha – sua nave esFACIAL.

Se você parou de jogar Mario na época que você podia comer cogumelos ou florezinhas, vai se impressionar com a quantidade de power ups, vários inéditos, entre eles Cloud Flower, Rock Mushroom e Drill, adicionando novos elementos a aventura. Em especial a Drill, que brinca com a idéia infantil de “se eu cavar o suficiente aqui, chego ao outro lado do mundo?” e  a Cloud Flower, que transforma o encanador em Cloud Mario e dá a ele o poder de criar nuvens para servirem de plataforma.  Mas bem que ela poderia adicionar ao visual do bigodudo uma peruca loira que desafia a gravidade e uma espada gigante, além de fazê-lo resmungar – com seu característico sotaque italiano – sobre um tal “Sephiroth”. Aí seria o melhor jogo de todos os tempos sem dúvida.

E por falar em Power Ups, o fiel dinossauro amigo de Mario, Yoshi, também aparece nessa nova aventura e com direito a seus próprios poderes, que serão essenciais em algumas fases. 

Por fim, se alguma fase estiver MUITO chata e você não agüentar mais morrer, a Cosmic Witch vai aparecer e oferecer para lhe mostrar o caminho até a estrela, só tenha em mente que, se você aceitar a ajuda dela, a estrela no final se tornará de bronze. Ela ainda entrará nas estatísticas, mas você sempre saberá que o mérito por ela não é seu, mas de uma bruxa. E você não vai conseguir dormir por causa disso.

 

O modo namorada

Também conhecido como “modo irmão mais novo”, é uma maneira de fazer mesmo quem não tem tanta habilidade com o controle participar do jogo, ajudar o jogador principal a concluir os objetivos e se divertir MUITO no processo. Assim como no primeiro Mario Galaxy, basta um Wii Remote adicional, sem Nunchuck, para jogar. Entretanto, em relação ao jogo anterior, o modo Co-op recebeu uma bela turbinada.

No controle da Luma laranja é possível pegar star bits, moedas, One Ups, alguns Power Ups, segurar alguns tipos de plataformas, bater em inimigos e até parar Chomps, bolas de fogo e afins. Nesse modo também é possível interagir com alguns NPCs e até com o Yoshi (quando Mario não estiver em cima dele) e fazer algumas coisinhas menos úteis como apertar os botões do direcional, +, -, 1 e 2 para ouvir barulhinhos engraçados, como o de uma torcida batendo palmas ou soltando um suspiro de alívio, perfeito para os momentos de “quase morte”.


Diferente de New Super Mario Bros. Wii, jogando o modo multiplayer, não há perigo de ficar no meio do caminho ou atrapalhar o outro jogador caso ambos mirem juntos no mesmo inimigo. Na verdade, não há quase nenhuma interação direta entre a Luma e Mario, já que todos seus movimentos são controlados pelo ponteiro com o Wii Remote. Pense nela como uma providência divina que pode intervir por você nos momentos tensos e te salvar de algumas enrascadas. O máximo que pode acontecer é rolar uma certa falta de coordenação e segurar a plataforma errada, ou deixar passar algum Power Up, coisas que podem ser facilmente resolvidas com uma conversa antes de recomeçar a fase, combinando o que o segundo jogador pode fazer de mais útil. Ou simplesmente dando um cascudo no irmãozinho pentelho que não prestou atenção e deixou passar a maldita moeda que recuperaria e salvaria sua vida.

No final das contas, é muito gostoso jogar com Mario, passar das partes mais difíceis e depois dar uma relaxada, entregando o controle principal para outra pessoa e ficar de estrelinha assistente. Com exceção de algumas raras fases nas quais a estrelinha laranja pode atrapalhar um pouco a visibilidade por conta do ângulo de câmera fixo. Mas de modo geral, jogar acompanhado é uma excelente experiência e uma adição muito bem vinda.

 

As galáxias

Saudosistas irão se fartar aqui. Há referências ao mundo gigante de Super Mario Bros. 3 (Supermassive Galaxy ), Super Mario 64 (Throwback Galaxy) e até da aparência clássica de Mario – “pixelado”,  como em sua versão 8 bits, mas de uma forma no mínimo surpreendente – no Mundo S!

Existem muitas outras pequenas referências espalhadas ao longo de vários estágios, como o arco de chegada da corrida de Fluzzards em uma das galáxias, remetendo aos Shines de Super Mario Sunshine.  Bosses de Super Mario Galaxy estão de volta e algumas galáxias se passam inteiramente em side-scrolling, agradando bastante aqueles que preferem a jogabilidade de Mario em 2D. Interessante notar que essa decisão foi motivada em grande parte pelo fato de New Super Mario Bros. Wii vender mais do que o primeiro Mario Galaxy no Japão, onde aparentemente ainda há um certo preconceito contra jogos do encanador em três dimensões.

E você, quais referências conseguiu encontrar?

 

Sobre estrelas (amarelas e verdes )

Não, não vamos falar sobre a copa em um review de Super Mario Galaxy 2.  Acontece que as primeiras estrelas que você encontrará no jogo serão as amarelas (óbvio), e juntando 70 delas você poderá enfrentrar  Bowser e ter a opção de fazer uma escolha moral: resgatar Peach ou oferecê-la ao lagartão como sacrifício em troca de poderes infinitos. Ok, mentira. Você só vai resgatá-la pela googolnésima vez mesmo. Ao fazer isso pela primeira vez, o Mundo S será habilitado, o que permitirá pegar mais algumas estrelas e completar 120. Ao enfrentar Bowser novamente, você curtirá um final mais completo e poderá começar a coletar as estrelinhas verdes.

Alías, vale ressaltar que estrelas verdes parecem ter sido trabalho de algum estagiário. Em alguns dias ele só queria ir para casa e colocou a estrela bem visível e fácil de pegar. Já em outros, ele estava de saco cheio do chefe e pôs algumas estrelas em lugares bizarros, mas não porque exigem habilidades hardcore nos controles, e sim por causa do ângulo de câmera desfavorável  – e, nesses casos, não há muito a ser feito pelo segundo jogador.

 

Conclusão

Mario ainda acende aquele calorzinho saudosista em nossos corações e não decepciona em termos de variedade de mundos que você vai visitar. Um excelente game para jogar sozinho, mas principalmente uma ótima desculpa pra chamar aquela pessoa especial para jogar com você, mesmo que ela não goste tanto assim de games. Além disso, vale cada centavo já que você vai levar um bom tempo para pegar as 120 estrelas e não vai ficar de saco cheio para pegar as outras 122, pois elas oferecem um desafio completamente diferente das primeiras.

 

O apelo ao saudosismo
Modo namorada turbinado
Cloud Flower e Drill
Design das fases
 A ausência de história
A câmera em alguns (poucos) momentos
O Spring Mushroom que continua tão insuportável quanto no primeiro

 


Super Mario Galaxy 2 foi desenvolvido pela Nintendo e lançado no Brasil dia 23 de Maio. O preço médio por aqui é de R$ 219,00. Esse review foi feito após 235 estrelas, jogando quase sempre em dupla com a colaboração de Acauã Barreto (e mesmo depois de terminar o review continuaremos a busca pelas 242).  

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