Rover Curiosity vai investigar “teias de aranha” gigantes em Marte
O rover Curiosity, da NASA, se prepara para embarcar em uma nova missão rumo às gigantes “teias de aranha” de Marte. A NASA anunciou a nova missão no último dia 18 de novembro, revelando que a duração seria de um mês.
Black Friday
Samsung Galaxy Book4 Intel® Core™ 7 150U, Windows 11 Home, 16GB, 512GB SSD, NVIDIA® Ge...As “teias de aranha” de Marte são formações rochosas que percorrem de 10 a 20 quilômetros da superfície do planeta e são o que geólogos chamam de boxwork. Boxwork é uma formação mineral presente em cavernas que, assim como teias de aranha, cria uma rede complexa de linhas interconectadas.
Essas linhas, geralmente, são compostas por minerais resistentes, que sobrevivem mesmo após a dissolução da rocha ao redor. Cientistas descobriram o boxwork de Marte há décadas, mas as “teias de aranha” de Marte nunca foram exploradas por um rover.
Aliás, vale ressaltar que as “teias de aranha” de Marte não são as “aranhas de marte”, que, recentemente, foram recriadas por cientistas na Terra.
“Teias de aranha” de Marte
As “teias de aranha” de Marte se formaram, provavelmente, através de um processo similar ao da Terra. No nosso planeta, as “teias de aranha” se formam em cavernas onde a água rica em calcita preenche lacunas em rochas, que se endurecem e, posteriormente, passam pelo processo de erosão.
O que sobra são lâminas cristalinas de minerais, como vistas no Parque Nacional Wind Cave, na Dakota do Sul, nos EUA.
Em Marte, no entanto, as “teias de aranha” se formaram, possivelmente, pela deposição de minerais de antigos lagos de água salgada (ou oceanos) em vez de ambientes cavernosos. Por isso, os cientistas do JPL que coordenam a missão Curiosity estão particularmente interessados nos minerais das “teias de aranha” de Marte.
Kirsten Siebach, cientista da missão, explicou que as rochas se formaram no subsolo, onde fluía água salgada e quente. Essa condição é análoga ao ambiente da Terra que permitiu o surgimento de vida microbiana.
Quando o rover Curiosity chegar às “teias de aranha” de Marte, previsto para o início de 2025, a NASA poderá estudar essas formações minerais. Desse modo, cientistas esperam descobrir mais detalhes sobre a história de Marte e, sobretudo, avaliar se o planeta já pôde abrigar vida extraterrestre.
Portanto, a jornada do rover Curiosity rumo às teias de aranha pode revelar pistas sobre o passado hídrico de Marte, mas também continua a busca por vida fora da Terra.
Curiosity faz mais uma selfie
O Curiosity passou o ano de 2024 explorando o Gediz Vallis, um complexo canal que percorre as encostas do Monte Sharp, na Cratera Gale.
Durante essa fase da missão, o rover Curiosity realizou importantes descobertas, incluindo cristais de enxofre e os vestígios de um antigo lago marciano.
As descobertas contribuíram para o estudo sobre a história geológica e hidrológica de Marte.
Agora, chegando ao fim de sua empreitada pelo Gediz Vallis, o Curiosity não se esqueceu da tradição. No dia 18 de novembro, o Curiosity fez uma selfie panorâmica, se despedindo da região e sinalizando o início da busca por informações nas “teias de aranha” de Marte. Veja:
O Giz Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.