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Sabe as plataformas de petróleo? No futuro, elas serão invisíveis

Qual a primeira coisa que vem à sua mente quando você ouve a palavra “petróleo”? Na minha, são aquelas plataformas monumentais de extração que ficam no mar. Elas são quase um símbolo da atividade, e uma parte imprescindível dela. No futuro, porém, não as veremos mais: as plataformas serão substituídas por instalações no leito dos […]

Qual a primeira coisa que vem à sua mente quando você ouve a palavra “petróleo”? Na minha, são aquelas plataformas monumentais de extração que ficam no mar. Elas são quase um símbolo da atividade, e uma parte imprescindível dela. No futuro, porém, não as veremos mais: as plataformas serão substituídas por instalações no leito dos oceanos.

Como a GE ouve e traduz o que as máquinas dizem?

O trabalho de levar os processos e equipamentos existentes nas plataformas de petróleo para o fundo do mar. Essa transformação tem um nome: subsea production. Ela é, também, uma das frentes mais importantes da GE, que há quatro décadas desenvolve maquinário e processos para extrair petróleo e que tem no novo Centro de Pesquisas Global, no Rio, equipes dedicadas a desenvolver essa tecnologia revolucionária.

Estamos falando, aqui, de locais remotos e hostis à presença humana. No pré-sal, por exemplo, a lâmina d’água tem três quilômetros e os campos de petróleo ficam a 300 km da costa. É longe, profundo e perigoso. A pressão naquela profundidade é de 300 bar. Numa analogia fácil (e assustadora), é como se tivesse uma massa de 3000 t em cima de uma área de 1 m2. Tudo tem de ser absurdamente poderoso.

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É um desafio tão grande que, apesar de viável e de estarmos caminhando rumo ao fim das plataformas de petróleo como as conhecemos, os pesquisadores do Centro de Pesquisas brasileiro o classificam como “rocket science”, um termo inglês que descreve soluções incrivelmente complexas e fora das escalas tidas normais.

Por que mudar?

As operadoras petrolíferas têm interesse nessa mudança de paradigma pelas vantagens que ela traz. Com a produção no fundo do mar, a eficiência aumenta bastante, o sistema fica mais autárquico (identifica e corrige problemas sozinho) e confiável, e a exploração em campos mais profundos e difíceis de acessar se torna possível.

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Se tomarmos como exemplo apenas o ganho que se teria com a migração dos separadores da plataforma ao fundo do mar, estaríamos falando no dobro da produção com o mesmo investimento. E, além da maior eficiência, o custo operacional também sai mais em conta. Separadores são máquinas que recebem o petróleo bruto, que vem misturado a outros componentes como água e gás, e faz a separação — como o nome sugere. Hoje, o petróleo que sai dos poços é levado à plataforma onde esse processo se realiza. No futuro, toda a separação será feita nas profundezas do oceano.

Essa é uma das frentes de pesquisa do Centro do Rio. Outras importantes são tratamento da água do mar para a reinjeção  nos poços para controlar a pressão, e a construção de sistemas eletro-eletrônicos no fundo do mar. Essa última, com protótipos funcionais previstos para 2020, é fundamental para o desenvolvimento do subsea production. Da mesma forma que uma indústria convencional, em terra, não funciona sem eletricidade, o mesmo vale para uma que funcione submersa.

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Esse é o primeiro passo para atingir o ideal de levar toda a produção de petróleo ao leito oceânico e um dos mais difíceis, afinal são componentes delicados, que não podem entrar em contato com a água e que pedem muita, mas muita proteção.

Oculus Rift no petróleo

O desafio da GE e de outras empresas que pesquisam subsea production vai além de viabilizar esse modelo. É preciso considerar um punhado de fatores, das condições físicas do ambiente, passando pelo estado dos componentes envolvidos, a automação, os impactos ambientais e os sistemas de monitoramento, manutenção e reparos.

Como toda indústria de grande porte, as equipes de subsea production contam com softwares simuladores e trabalham em partes. Não dá para testar um sistema inteiro de antemão, então o que os pesquisadores fazem é construir e testar módulos que, depois, são unidos em subsistemas e passam por novas rodadas de testes. Depois eles são novamente testados, dessa vez em águas rasas. O teste final, nas profundidades de produção, é o primeiro real do equipamento. Assim como na indústria aeronáutica, onde o primeiro voo de um novo avião precisa ser bem sucedido, tudo deve funcionar a contento já de início. Para alcançar esse objetivo, são feitos testes e mais testes e há muita confiança nos números que eles devolvem.

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Para auxiliar os profissionais do Centro de Pesquisas da GE no Brasil, está sendo construída uma câmara hiperbariátrica. Ela simula a pressão de grandes profundidades e permite a eles analisar o impacto desses ambientes em peças, módulos e tudo o que for preciso, e se os componentes escolhidos são os ideais.

Outras tecnologias também são empregadas para ajudar nos trabalhos. Tem até coisas bem mercadológicas, como os óculos virtuais Rift, da Oculus. Uma descida virtual que mostrará às pessoas como funciona, a três mil metros de profundidade, a produção de petróleo. O futuro, meus caros, é fascinante. Mesmo que isso signifique tirar aquelas plataformas do horizonte dos #PostaisDoFuturo. Vale a pena.

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