Saiba o que achamos do Nintendo Switch OLED: o que deveria ter sido lançado antes

Nova tela do console portátil é mais do que apenas uma mera atualização.
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Imagem: Sam Rutherford

O Nintendo Switch nunca foi o console mais moderno do mercado. Mas, depois de ver o impacto do que um punhado de atualizações calculadas fez para o novo Switch OLED, parece que a Nintendo finalmente criou o console híbrido que os fãs queriam desde o início.

O novo Switch OLED custa US$ 350 (R$ 1,8 mil), cerca de 50 dólares a mais do que o modelo básico, e dá direito aos seguintes recursos (a ordem lista primeiro aquelas que acredito serem as adições mais importantes):

  • Tela OLED de 7 polegadas (maior que as 6,2 polegadas de antes)
  • Alto-falantes estéreo aprimorados
  • Dobro de armazenamento (64 GB)
  • Novo dock com porta Ethernet integrada
  • Suporte redesenhado
  • Design de cores em preto e branco
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Foto: Sam Rutherford

Obviamente, a maior atualização é a nova tela OLED de 7 polegadas que, finalmente, acrescenta o tipo de saturação de riqueza de cor que as pessoas estão acostumadas a ver em telefones modernos, tablets e até mesmo alguns laptops. E, apesar do meu receio inicial sobre a Nintendo manter a resolução do OLED Switch em 720p, posso dizer que esses temores foram embora depois de ter jogado Metroid Dread por cerca de uma hora.

A tela maior torna os jogos no modo portátil muito mais divertidos, mesmo com a ligeira diminuição na densidade geral de pixels. Quando você está segurando o botão OLED a 30 centímetros de distância de seu rosto ou mais, não é possível, de fato, distinguir pixels individuais. Então, nesse caso, as coisas parecem tão nítidas quanto antes.

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Veja como as letras vermelhas em “Dread” parecem profundas. Foto: Sam Rutherford

 

Como a Nintendo foi capaz de encaixar a nova tela OLED de 7 polegadas no console sem aumentar o tamanho geral do sistema, as proporções do Switch OLED parecem (e são) ainda melhores. Isso aumenta a imersão geral quando jogamos em movimento. Francamente, mesmo se a Nintendo não tivesse atualizado mais nada, só a nova tela do OLED Switch já vale os 50 dólares extras.

Ao jogar Metroid Dread, a capacidade de resposta que obtive ao controlar Samus quase me fez sentir como se a tela OLED oferecesse latência de entrada ligeiramente reduzida. Ok, admito que isso possa ter sido resultado, ainda que parcialmente, de ter um novo Metroid 2D para jogar. Sem querer dar hate em todos os fãs de Metroid Prime por aí, mas pular, se esquivar e atirar em um mapa no estilo old-school é muito bom. É ótimo, também, ter uma nova versão de uma franquia lendária em 2021.

O anúncio inicial do switch OLED fez o áudio parecer mais um bônus do que uma atualização pra valer. Mas, para as pessoas que gostam de jogar com o console em mãos, essa é uma grande vantagem. Claro, não se trata de áudio espacial 3D ou algo parecido, e os alto-falantes do switch OLED não vão abalar as estruturas do ambiente. Mas eles adicionam um pouco de clareza e trazem detalhes extras que usuários realmente apreciam.

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Os 64 GB de armazenamento do Switch OLED são, provavelmente, a melhoria mais atrasada — honestamente, 32 GB eram suficientes apenas em 2017. Se você tem um Switch há muito tempo, você ainda precisa de um slot para cartão microSD. Mas, para jogadores mais casuais ou pessoas que seguem jogando o mesmo título por longos períodos, o armazenamento integrado adicional é apenas o suficiente para que você não precise comprar um cartão micro SD, e isso é sinônimo de economia.

Em seguida, vem a nova porta Ethernet no dock do OLED, que é praticamente essencial para jogadores competitivos de Smash Bros.. O suporte do Switch OLED conta agora com uma base muito mais ampla — em vez do palito de picolé que a Nintendo usava antes. Então, colocar o Switch OLED em uma mesa parece uma ideia razoável, e não um teste para ver se respirar próximo ao console é suficiente para derrubá-lo.

E, finalmente, há o novo esquema de cores. Não estou aqui para dizer quais cores você deve gostar, mas como alguém que imediatamente comprou um segundo conjunto de Joy-con vermelho combinando para o meu Switch de lançamento, acho que o novo Joy-Con branco garante um design muito limpo.

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Foto: Sam Rutherford

Passei apenas uma hora com o novo switch OLED, mas já me parece óbvio que qualquer pessoa que ainda não tenha um Switch deve adquirir o modelo OLED. Entre a nova tela, melhores alto-falantes e mais armazenamento on-board, o Switch OLED é basicamente o console que eu gostaria de ter comprado lá em 2017. É mais do que apenas uma atualização — o Switch OLED é o novo Switch padrão.

Para aqueles que já possuem um, decidir se vale a pena atualizar é um pouco mais difícil. Se eu pudesse pagar US$ 50 ou mesmo US$ 100 para fazer um upgrade, eu pagaria. Mas gastar US$ 350 extras para substituir algo que me serviu bem nos últimos quatro anos é um desafio muito maior. Especialmente porque minha principal frustração com meu Switch atual é o drift do Joy-C — que o novo Switch OLED não resolve (pelo menos até onde eu possa dizer).

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Foto: Sam Rutherford

Mas, ao mesmo tempo, a qualidade de imagem que você obtém com a tela OLED é grande e, por isso, não posso culpar nenhum proprietário atual de Switch que queira comprar. Minha carteira e meu cérebro estão me dizendo não, mas o coração quer fala por si próprio.

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O novo Switch OLED estará oficialmente à venda em 8 de outubro. No Brasil, o console está previsto para algum momento de 2022.

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