Samsung ataca patentes de software da Apple

A Apple finalizou sua defesa na disputa judicial contra a Samsung, dizendo que vendeu 2 milhões a menos de iPhones e iPads devido à violação de patentes. Então foi a vez da Samsung começar sua argumentação no tribunal, questionando as patentes de software da Apple. A Apple chamou um contabilista ao tribunal, que explicou como […]
Tablets em cima de processos.

A Apple finalizou sua defesa na disputa judicial contra a Samsung, dizendo que vendeu 2 milhões a menos de iPhones e iPads devido à violação de patentes. Então foi a vez da Samsung começar sua argumentação no tribunal, questionando as patentes de software da Apple.

A Apple chamou um contabilista ao tribunal, que explicou como fez as estimativas de perdas da Apple. Em número de dispositivos, seriam 2 milhões de iPhones e iPads nos EUA. O número tem como base as vendas da Samsung no país, reveladas na semana passada.

Então ele estimou o prejuízo causado à Apple: somando as vendas perdidas, o lucro que a Samsung obteve ao infringir patentes, mais os royalties das patentes violadas, o total chega a US$2,75 bilhões. É este valor que a Apple pede da Samsung como indenização.

Assim acaba a defesa da Apple. E a Samsung começa com pé direito: a juíza Lucy Koh eliminou do caso as versões internacionais do Galaxy S e S II, além do Galaxy Ace. Nos EUA, eles não eram vendidos por operadoras, nem oferecidos pela Samsung.

Defesa da Samsung

A defesa da Samsung começou com um ataque direto a duas patentes da Apple: o efeito de salto ao chegar no fim de uma lista; e o pinch-to-zoom. A Samsung mostrou dois sistemas anteriores às patentes, e que implementam essas funções. Isto serviria de anterioridade, ou seja: uma prova pré-existente de que as patentes da Apple não seriam de fato originais.

A mesa de toque DiamondTouch, criada em um laboratório da Mitsubishi em 2001, tem um efeito visual semelhante ao “salto” ao chegar no fim de listas no iOS. O dispositivo estava disponível para qualquer pessoa acessar, e foi apresentado no campus da Apple em 2003. A mesa DiamondTouch também tinha um antecessor do pinch-to-zoom, mas que foi desenvolvido após a mesa ser apresentada à Apple.

A Samsung continuou seu caso contra o efeito de “salto” exibindo o sistema LaunchTile, criado em 2004 para Windows Mobile. Ele consiste em uma série de tiles/blocos, organizados em uma grade, onde cada bloco é um app. (Lembrou alguma coisa?) Era possível dar zoom nos blocos para mostrar quatro, simultaneamente, na tela. Se você quisesse ver outros blocos, bastava deslizar o dedo. Mas se você não deslizasse o bastante, os blocos “saltavam” para a posição anterior. A Apple argumentou que este não é o efeito de salto protegido na patente.

A defesa da Samsung continua nos próximos dias. [The Verge e Wall Street Journal]

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