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São Paulo abre pré-cadastro para voluntários dos testes da Butanvac

A vacina não depende de importação de insumos, o que facilitaria sua produção.

Imagem: Flickr

O governador de São Paulo, João Doria, anunciou nesta quarta-feira (16) que o Instituto Butantan abriu o pré-cadastro para voluntários interessados em participar dos estudos clínicos da Butanvac. Esta é uma vacina que não depende da importação de matéria-prima, o que facilitaria sua produção.

Os interessados devem acessar a página do Instituto, onde constam todas as informações. Quem preencher o formulário será avisado dos próximos passos e saberá como se cadastrar nos centros de pesquisa responsáveis pelo recrutamento dos voluntários.

“Os ensaios clínicos serão realizados pelo Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. Nesta fase 1 participarão 418 pessoas acima de 18 anos — que não precisam ser médicos ou enfermeiros”, explicou Doria, em comunicado. O processo de seleção terá início após a autorização do Conselho Nacional de Ética em Pesquisa.

Inicialmente, a pesquisa vai avaliar se a vacina é segura e qual é a dose necessária para fazer efeito. Em um segundo momento, será estudada a resposta imunológica que os participantes desenvolverão. A partir daí, haverá uma comparação com os resultados das vacinas já existentes para analisar sua eficiência. Outros centros de pesquisa já manifestaram interesse e serão anunciados em breve, visto que as fases 2 e 3 deverão recrutar até 5 mil voluntários.

“A Butanvac é a vacina versão 2.0. É uma evolução à primeira geração de vacinas, não só sob o ponto de vista da resposta imune, mas também da plataforma produtiva. É uma vacina feita na plataforma da vacina da gripe e tem enormes vantagens: pode estar disponível em grande volume para o mundo e por um custo muito menor do que as vacinas que sendo usadas”, reforçou o Presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.

O Instituto Butantan já possui 8 milhões de doses estocadas da Butanvac e, se aprovada para uso pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a expectativa é ter 40 milhões de doses prontas para o uso já em outubro.

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