Seis lugares do mundo em que humanos mudaram a cor da água em rios e lagos

Confira seis rios e lagos que tiveram a cor natural transformada por ações humanas.

Na semana passada, um vazamento durante a drenagem ácida de uma mina derramou onze milhões de litros de resíduos tóxicos no Rio Animas, no Colorado, EUA. Ao longo de uma noite, o popular canal abandonou a cor azul natural para dar lugar a um pungente laranja neon.

Os resíduos foram derramados por acidente no Rio Animas durante uma tentativa de limpeza da mina Gold King, efetuada pela Agência de Proteção Ambiental. A entrada da antiga mina já estava em colapso e derramava água contaminada nas proximidades.

Funcionários da agência instalaram um tubo para divergir este fluxo, mas perceberam que o nível de água contaminada dentro da mina era muito maior do que o previsto. Mais de 4.500 litros por minuto foram derramados no Rio Animas.

Segundo informações do Durango Herald, o rio ganhou a coloração alaranjada graças aos altos níveis ácidos da água, além da presença de metais pesados como ferro, alumínio, cádmio, zinco e cobre.

Testes serão feitos para determinar como a vida selvagem será afetada por estas toxinas e qual a melhor maneira de tratar a água — oficiais dizem, no entanto, que o tempo será o melhor remédio para purificar o rio, conforme água fresca é despejada nele. Confira imagens do antes e depois do estrago neste link.

Não é a primeira vez que a humanidade faz isso com um rio, lago ou mar. Confira abaixo outros momentos em que a poluição e a indústria deram a um corpo d’água uma cor estranha e surpreendentemente bonita – porém tóxica.

Mina de potassa próxima a Moab, em Utah, EUA

Os lagos azulados na imagem são as únicas partes visíveis de uma complexa operação subterrânea de mineração de potássio. Eles estão com essa cor maluca graças a um corante artificial, adicionado à água para ajudá-la a absorver o calor do Sol e evaporar mais rápido.

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Imagem: NASA Earth Observatory

Na verdade, a mina de potassa é a pequena mancha branca no centro superior da foto acima. Nela, injeta-se uma solução de sal e de água em poços profundos. A salmoura dissolve o cloreto de potássio, deixando outros minerais na rocha a até 1.200 m de profundidade.

Em seguida, a água salgada – agora pesada com potássio dissolvido – é bombeada de volta para as piscinas de evaporação. Cerca de 300 dias depois, sobram apenas o sal e cristais de potassa. Então, máquinas coletam estes cristais do fundo destas piscinas (que são forradas com borracha), e os levam para processamento.

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Imagem: Doc Searles / Flickr

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Imagem: Nelson Minar/Flickr

Litoral de Hong Kong, China

As águas litorâneas de Hong Kong são repletas de excremento de porco, fertilizantes e esgoto. Estas são coisas que soam todas bem desagradáveis, mas são um banquete para a alga bioluminescente Noctiluca scintillans, que ocasionalmente brilha em azul neon pela costa.

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Imagem: AP/Kim Cheung

Berkeley Pit, Butte, Montana, EUA

Essa antiga mina de cobre a céu aberto é um dos poucos locais do mundo onde é possível pagar para ver resíduos tóxicos. Nestas águas ácidas da mina, há metais pesados como cobre, ferro, arsênico, cádmio e zinco.

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Imagem: Pit Watch

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Imagem: Kris Taeleman/Getty Images

Rio Amarelo, Lanzhou, China

O Rio Amarelo da China é famoso por sua poluição. Na província de Lanzhou, o rio é quase que um camaleão, mudando de rosa choque neon para um vermelho fogoso, dependendo do esgoto ou do corante artificial do dia.


Imagem: China Daily / AP


Imagem: China Daily

Lago Erie, Michigan, EUA

A floração de algas tóxicas já se tornou uma marca registrada dos verões do Lago Erie, e a deste ano não foi exceção. Ondas verdes se quebram na costa conforme a floração aumenta, alimentada pelo escoamento rico em nitrogênio e fósforo das fazendas em Ohio e Indiana.

A alga produz uma toxina chamada microcistina que causa erupções na pele, urticária e sintomas parecidos com o da asma, caso ela entre em contato com a sua pele.

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Costa sul do Lago Erie. Registrado em 29 de julho de 2015. Imagem: Washington Post via AP

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Em 28 de julho de 2015, satélites capturaram estas imagens da floração das algas nos arredores dos Grandes Lagos. A floração é vista em redemoinhos verdes ao lado esquerdo do Lago Erie e no Lago St. Clair. Imagem: NASA Earth Observatory

Mas é claro, existem também diversos lagos e rios pelo mundo que recebem cores estranhas de fenômenos naturais. Veja uma lista deles neste link.

Primeira foto: pessoas em caiaque no Rio Animas na última quinta-feira/Jerry McBride/AP

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