Sensores de código aberto do Google podem finalmente dar sentido aos iBeacons

A tecnologia dos iBeacons da Apple não fizeram muito sucesso, mas um projeto rival do Google pode mudar este cenário.

Em 2013, a Apple anunciou os iBeacons, sensores Bluetooth que interagem com o seu iDevice. Eles foram rapidamente esquecidos por todo mundo menos as Apple Store e o Maple Leafs de Toronto; mas eles talvez ainda não estejam mortos graças a um projeto do Google.

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Os sensores Bluetooth são pequenos transmissores que constantemente enviam sinais a dispositivos próximos, transmitindo informações sobre algo de interesse do usuário. No caso dos iBeacons da Apple, eles são mais comumente usados em Apple Stores para ajudar consumidores com as compras. Mas os iBeacons funcionam apenas com iDevices mais novos e atualizados, e a Apple mantém o seu conhecido controle sobre seus produtos também nos sensores. Tudo isso combinado fez com que os iBeacons ainda estejam para ver algum sucesso — então por que deveríamos nos importar com essa versão praticamente igual do Google, chamada de Eddystone?

Duas palavras: código aberto.

O Eddystone é um protocolo para sensores de código aberto, que podem ser produzidos por qualquer fabricante, por menos de US$ 10 cada, com disponibilidade para usá-los com smartphones Android e iOS — e eles podem ser inseridos em praticamente qualquer coisa. O próprio Google já tem um monte deles em produção.

Estes sensores Bluetooth de código aberto têm a possibilidade de vencer onde os iBeacons falharam. Uma das maiores inovações dos últimos anos para em smartphones foi a adição de consciência contextual — o fato do seu celular saber quando você está dentro de casa, no carro ou passeando pela Torre Eiffel, e responder de acordo com essas localidades.

Mas como um todo, consciência contextual requer que os celulares saibam onde estão e com o que eles estão falando. Atualmente, isso requer que os aparelhos escaneiem QR codes, conectem-se à redes Wi-Fi ou ativem a localização GPS — coisas que te obrigam a tirar o celular do bolso para ativar a função, em vez de ter um objeto próximo alertando sobre algo de interesse.

Mas sensores Bluetooth de baixo consumo energético têm o potencial de mudar tudo isso: instale um sensor Bluetooth em um ponto de ônibus, por exemplo, e ele poderá oferecer o cronograma das linhas de ônibus quando você parar próximo ao ponto por dez segundos. Coloque um sensor dentro de um restaurante e ele poderá oferecer o menu no celular assim que você chega ao local. Estes são apenas alguns exemplos, mas com sensores de código aberto, o potencial desta tecnologia é limitado ao lugar onde o sensor — que receberá uma pequena bateria e um circuito simples — está.

Essa idea não é nova, é claro — A Apple disse a mesma coisa quanto introduziu o iBeacons há dois anos, em 2013. Mas, diferente dos sensores da Apple, o Eddystone tem potencial para crescer graças ao código aberto. O Google deixa nas mãos das companhias as definições de hardware, firmware e a experiência do usuário; a empresa apenas providenciará uma comunicação eficiente entre celulares e sensores, com o menor esforço possível.

Se o Eddystone se tornar um sucesso — e este é um grande ‘se’ — ele abrirá caminho para as mais diversas soluções criativas para projetos que ainda nem imaginamos: há algum tempo não imaginávamos que teríamos celulares do Google e satélites com Android. E aqui estamos: é 2015, celulares Nexus nos orbitam e, graças ao Google, muito em breve os celulares em nossos bolsos estarão se comunicando com semáforos. [Google via Ars Technica]

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