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Sergey Brin esclarece críticas a Facebook e Apple: “tenho muita admiração por elas”

Sergey Brin, co-fundador do Google, disse em entrevista ao The Guardian que estava preocupado com governos querendo censurar a internet; e disse que, com a ascensão do Facebook e da Apple, plataformas fechadas se tornam um risco para a internet livre. Muita gente entendeu isso mal, achando que Brin comparou Facebook e Apple à censura […]

Sergey Brin, co-fundador do Google, disse em entrevista ao The Guardian que estava preocupado com governos querendo censurar a internet; e disse que, com a ascensão do Facebook e da Apple, plataformas fechadas se tornam um risco para a internet livre. Muita gente entendeu isso mal, achando que Brin comparou Facebook e Apple à censura do governo, e Brin procurou esclarecer tudo no Google+.

Como o Guardian colocou as duas frases juntas, parecia que o assunto era o mesmo: censura na web e plataformas fechadas (walled gardens). Não é o caso, como diz Brin:

Então, para deixar claro, eu certamente não acredito que este problema [plataformas fechadas] esteja no nível de censura governamental. Além disso, eu tenho muita admiração por duas das empresas que nós discutimos – Apple e Facebook. Eu sempre admirei os produtos da Apple. Na verdade, estou escrevendo este post em um iMac e usando o teclado da Apple que venho adorando pelos últimos sete anos. Da mesma forma, o Facebook vem ajudando a conectar centenas de milhões de pessoas, tem sido uma ferramenta-chave para expressão política, e foi fundamental para a Primavera Árabe. Ambas fizeram contribuições-chave para o livre fluxo de informação ao redor do mundo.

No entanto, ele mantém as críticas a plataformas fechadas: se nos anos 90 era possível criar sem problemas um serviço de busca, “hoje começar tal serviço iria exigir [de você] atravessar diversos pedágios e bloqueios”, diz Brin. Na entrevista, ele diz que plataformas fechadas na web “acabam sufocando a inovação”.

Mas para Brin, esse não é o maior problema: a principal ameaça é a censura governamental na web. E não só em países como China e Irã:

Além disso, outros países como os EUA chegaram perto de adotar técnicas bastante semelhantes para combater pirataria e outros problemas. Eu acredito que estes esforços foram equivocados e perigosos.

Na entrevista ao Guardian, Brin se opôs aos projetos de lei SOPA e PIPA: ele lembra que os EUA criticam China e Irã por censurarem a web, só que tais leis fariam os EUA a usar a mesma tecnologia e a mesma abordagem desses países. Ele também questionou as atitudes da indústria do entretenimento, que apoiou SOPA e PIPA: para Brin, eles ainda não entenderam que as pessoas vão continuar baixando conteúdo pirateado enquanto não for mais fácil adquirir e usar o conteúdo legítimo. [Sergey Brin via The Verge]

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