O que é o “celeiro do Juízo Final”, e porque ele foi usado devido à guerra na Síria

O Silo Global de Sementes da Esvalbarda, centro que armazena mais de 860.000 de sementes do mundo, promoveu a primeira retirada de amostras.

O Silo Global de Sementes da Esvalbarda, apelidado de “celeiro do Juízo Final”, é um centro projetado para manter sementes de milhares de espécies de plantas de todo o mundo para o caso uma catástrofe ambiental, epidemia, guerra nuclear ou a queda de um asteroide ocorrer na Terra. Esta semana, foi pedida a primeira retirada de amostras do local, devido à guerra síria.

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Segundo a Reuters, o Silo Global – localizado no território ártico norueguês e inaugurado em 2008 – contém mais de 860.000 sementes dos mais diversos tipos de plantas de quase todas as nações, como arroz, feijão e trigo, e serve para manter a biodiversidade do cultivo de alimentos pelo mundo. Agora, pela primeira vez na história, serão retiradas amostras do local.

Sementes de trigo, cevada e capins, plantas adequadas para regiões mais secas, foram solicitadas por pesquisadores do Centro Internacional de Pesquisa Agrícola em Áreas Secas (ICARDA) para repor sementes de um banco de genes da cidade de Aleppo, que foi danificado pela guerra. O banco de genes se mudou para Beirute em 2012 e continua a funcionar, mas apenas parcialmente: por causa da guerra, ele não pode mais servir como uma central para cultivar sementes e distribuí-las a outras nações.

O ICARDA solicitou 130 das caixas que ele depositou no Silo — elas contêm 116.000 amostras de sementes, diz Grethe Evjen, uma especialista do Ministério Agrícola Norueguês, à Reuters. Evjen explica que a propriedade das amostras depositadas no Silo é dos bancos genéticos que as depositam: desta forma, as amostras solicitadas são do ICARDA e, ainda segundo a especialista, elas serão enviadas ao centro de pesquisas assim que a documentação necessária for registrada.

Iniciada há mais de quatro anos, a guerra civil na Síria já deixou mais de 250.000 pessoas mortas, e deu início à crise dos refugiados — estima-se que 11 milhões de sírios foram obrigados a deixar seus lares.

[Reuters via io9]

Foto de capa: Landbruks- og matdepartementet/Flickr

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