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Sony quer faturar com a nostalgia do 40º aniversário do toca-fitas Walkman

Nova edição do Walkman é, na verdade, um tocador de música com sistema Android com capacidade para armazenar até 16 GB de arquivos.

Edição de aniversário de 40 anos do Walkman

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Em homenagem ao aniversário de 40 anos do Walkman original, a Sony está lançando uma edição de aniversário do icônico tocador de fitas portátil, apresentado durante a IFA 2019, feira de tecnologia realizada em Berlim (Alemanha). Curiosamente, ele não toca fitas, então se você tem um, deixe-o quieto aí na sua coleção.

O Sony NW-A100TPS marca a mais recente tentativa de revitalizar a marca Walkman, e, pelo menos desta vez, parece estar claro que isso não passa de um uso de nostalgia para faturar uma grana. Enquanto a Sony supostamente fez uma fita cassete com capacidade que envergonharia seus irmãos do século 20, a empresa decidiu, com inteligência, remover inteiramente a fita magnética em seu novo design.

Para esclarecer: é um player MP3 cuja capa é o corpo de um toca-fitas. Crédito: Divulgação

Em vez disso, o dispositivo é um reprodutor de música com sistema Android e que armazena até 16 GB de arquivos de música. Ele não tem entrada para chip de telefonia, mas você pode se conectar a uma rede Wi-Fi e usar aplicativos Android através de sua tela sensível ao toque de 3,6 polegadas.

Para o fator nostalgia ficar completo, o dispositivo possui um protetor de tela que se parece com o toca-fitas antigo, exceto que a cor muda dependendo do tipo de arquivo de música que está sendo reproduzido. Um estojo que o acompanha parece um Walkman antigo; portanto, quando você vira o protetor de tela e fecha o estojo, faz com que você se sinta como se estivesse nos anos 80. Ou, para nossos leitores jovens demais para lembrar-se do auge do Walkman (como eu), você se sentirá como se estivesse em um episódio de Stranger Things.

Se você quiser entrar no modo retrô, esta versão especial do Walkman tem uma entrada para fone de ouvido convencional. Mas você também pode se conectar a ele via conexão Bluetooth.

Porém, ao contrário da época, quando o Walkman tinha um preço de cerca de US$ 150, este Walkman de edição especial estará à venda por AUS$ 599 (cerca de R$ 1.680) na Austrália e €440 (cerca de R$ 1.990) na Europa, sendo que ele estará disponível à venda no velho continente apenas em dezembro. Convertendo para dólares americanos isso dá algo entre US$ 400 e US$ 500, embora a Sony não tenha revelado detalhes sobre disponibilidade e preço na América do Norte.

Em meio a tudo isso, me pergunto: é possível colocar um preço no primeiro tocador de música verdadeiramente portátil? Um dispositivo que tirou o vinil da relevância cultural (pelo menos naquela época) vendendo 200 milhões de unidades ao longo de sua vida? O antecessor do iPod, smartphones e todos os tipos de aparelhos que consomem nossas vidas agora? Para este consumidor de nostalgia, talvez o Walkman faça sentido. Para mim, diria que ele está US$ 500 mais caro do que estou disposto a pagar.

[Sony]

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