Desde o início da febre da geração de imagens por IA (inteligência artificial), internautas já apontavam erros que denunciavam que as fotos não eram reais, como dedos a mais em pessoas, por exemplo. Agora, com a chegada do novo e aguardado gerador de vídeos Sora, da OpenAI — empresa-mãe do ChatGPT –, os resultados parecem ainda piores. Isso porque vídeos de ginastas fazendo acrobacias mostram membros do corpo se transformando de formas completamente irreais.
Com o lançamento da ferramenta para o público na última terça-feira (10), o perfil do podcast “AI for Humans” brincou que “a ginástica é a maneira mais engraçada de quebrar Sora”. Ao tentar gerar um vídeo com o prompt “ginasta dá cinco cambalhotas muito rápido e depois cai em um balde de mostarda”, por exemplo, o resultado fez parecer que havia tinta amarela presa nos pés da atleta. Veja:
A conta ainda tentou obter um vídeo de uma performance de break dance da dançarina australiana Raygun nas Olimpíadas de Paris. Contudo, isso também não funcionou.
sora has its own interpretation of Raygun's breakdance from the Paris Olympics
Além disso, no X/Twitter, o especialista em aprendizado de máquina Deedy Das também compartilhou vídeos do Sora. Ele ainda afirmou que “a ginástica ainda é o teste de Turing para vídeos de IA”. O Teste de Turing é um experimento que avalia a capacidade de uma máquina de se comportar como um ser humano, proposto por Alan Turing, considerado o pai da computação, em 1950.
As cool as the new Sora is, gymnastics is still very much the Turing test for AI video.
Já o site de tecnologia Futurism comparou os clipes aos filmes de body horror (terror corporal, em tradução livre) de David Cronenberg, diretor de “A Mosca” (1986). De acordo com a página, o Sora se sai melhor em vídeos com menos movimento. No entanto, o software ainda “tem dificuldade para soletrar as palavras corretamente”.
Atualmente, o Sora está disponível em uma versão mais potente para assinantes de seus planos pagos. Após ser liberado para testes em fevereiro, o cientista-chefe de IA da Meta, Yann LeCun, disse que a tecnologia estava “fadada ao fracasso”. Leia mais no Giz Brasil.
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Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.
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