Soylent, o composto alimentício que promete substituir arroz e feijão, já está à venda

A comida artificial está entre nós: O Soylent chegou à sua versão “1.0” e ainda promete suprir todas as necessidades alimentícias dos seres humanos. Será que consegue? Criado pelo engenheiro de software Rob Rhinehart, o Soylent é uma fórmula que, quando misturada com leite ou água, se transforma em uma espécie de vitamina que conta […]

A comida artificial está entre nós: O Soylent chegou à sua versão “1.0” e ainda promete suprir todas as necessidades alimentícias dos seres humanos. Será que consegue?

Criado pelo engenheiro de software Rob Rhinehart, o Soylent é uma fórmula que, quando misturada com leite ou água, se transforma em uma espécie de vitamina que conta com todos os nutrientes necessários para um ser humano. É uma ideia ousada e futurista, que ganhou muito apoio quando foi divulgada no ano passado – uma campanha feita no Kickstarter levantou os fundos necessários para o desenvolvimento do Soylent em apenas três horas.

Mas, na prática, como é se alimentar disso? O ArsTechnica testou a versão 1.0 do Soylent e, bem, como já era no ano passado, é mais ou menos como se você bebesse massa de bolo. É, isso mesmo.

Se é ou não é gostoso é importante, mas não é a única parte que deve ser considerada. Nosso corpo não está acostumado a esse tipo de composto alimentício, então como ele reage ao Soylent? E sim, estamos aqui falando de gases saindo do seu corpo com cheiro bastante desagradável. Eis o que Lee Hutchinson, do ArsTechnica, tem a dizer sobre esta importante questão:

“A boa notícia – bom para mim e para a minha esposa – é que após consumir meia jarra de Soylent em 20 horas, meu intestino não está reproduzindo uma guerra de trincheiras e gás de mostarda da Primeira Guerra Mundial.

Isso não quer dizer que tudo está sob controle abaixo da minha cintura. Diria que enquanto a versão 1.0 não me transformou em uma máquina de gases como o Beta 0.8, ela está alterando algumas coisas. Meu intestino produziu uma parcela de burburinhos sinistros, e meu tempo de leitura matinal cresceu muito, e fiz muitas pequenas visitas à biblioteca. Quando digo “biblioteca”, quero dizer “vaso sanitário”.

Neste ponto, o Soylent 1.0 evoluiu em relação à versão beta do ano passado, que fazia com que as pessoas passassem o dia inteiro soltando gases. Ainda não está no ideal e Hutchinson relatou ter ido muito mais ao banheiro do que de costume, mas ainda sim há um avanço.

O Soylent está sendo vendido nos EUA e ainda está mais caro do que um prato de arroz de feijão, mas seus criadores esperam diminuir seu preço ao longo dos anos para torná-lo algo tão importante na vida das pessoas quanto água ou eletricidade. Atualmente, o menor preço possível a ser pago pela solução do Soylent é US$ 255 por mês por um pacote de mais de 28 sacos (que equivalem a mais de 84 refeições). Neste caso, cada refeição sai por cerca de US$ 3.

Mas ainda é um produto arriscado. Em primeiro lugar, não há nenhum estudo que avalie os efeitos do Soylent no corpo humano a longo prazo – óbvio, já que é algo novo. Profissionais de saúde estão divididos em relação ao produto, muitos acham que ele é brilhante, e outros duvidam da sua eficácia. Ainda precisaremos de muito tempo para saber se de fato ele será o futuro – e, se for, se será um futuro bom para a humanidade. Apesar de toda a conveniência do Soylent, é difícil imaginar que uma solução dessas possa realmente substituir um bom prato de arroz com feijão. [ArsTechnica]

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