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Spotify pode entrar no mercado de vídeos oferecendo mais que apenas vídeo clipes

O Spotify mostra interesse na produção de conteúdo audiovisual.

O serviço de streaming musical Spotify planeja expandir seus horizontes com conteúdo audiovisual — não só adquirindo conteúdo, mas também produzindo-o. E o anúncio do conteúdo audiovisual no Spotify pode chegar ainda no final deste mês.

De acordo com informação do Wall Street Journal, o Spotify está negociando com diversas companhias de mídia e conteúdo, inclusive empresas que já produzem para o YouTube, para não só adquirir este material, mas também produzi-lo em conjunto — algo já comum para outros serviços de Streaming, como o Netflix, Hulu e Amazon.

Segundo a reportagem, a companhia já entrou em contato com produtoras como Time Inc., Maker Studios e a Tastemade, popular no Brasil e no mundo graças a seus vídeos culinários, além de ter abordado produtoras de TV, como a NBCUniversal, Fox e a Viacom, dona da MTV e da Comedy Central. Entretanto, ainda não se sabe se o Spotify irá oferecer conteúdo visual focado em música, como o Vevo já faz há alguns anos, ou se ele irá além, oferecendo séries, como o Netflix.

Além destes, temos também o recém relançado Tidal, do rapper Jay-Z, que por US$20 (o dobro do valor cobrado pelo Spotify) oferece melhor qualidade sonora e vídeos clipes com exclusividade — o clipe de “American Oxygen” da cantora Rihanna foi lançado com exclusividade no Tidal, por exemplo, sendo disponibilizado no canal do YouTube da artista uma semana depois do lançamento no Tidal.

Provavelmente saberemos o que o Spotify planeja com vídeo ainda este mês: a empresa fará uma coletiva no dia 20 de maio, mas não informou mais detalhes sobre o evento.

Com 60 milhões de usuários pelo mundo, o Spotify ainda não rende muitos lucros do serviço de streaming: apenas 25% dos 60 milhões de usuários são assinantes do serviço premium, que retira os anúncios entre uma canção e outra, além de permitir que os usuários baixem as músicas no celular para ouvi-las offline.

No Brasil, o serviço (cuja mensalidade é de R$15) tem oferecido constantes promoções: em dezembro, novos usuários puderam assinar três meses de Spotify por apenas R$5 reais, e agora novos usuários podem assinar também três meses por apenas R$2. Não foi divulgado, no entanto, se estes convidativos valores aumentaram o número de usuários da rede no Brasil e se eles permaneceram no premium ao fim dos três meses promocionais.

O serviço de streaming já conta com um conteúdo de vídeo, o “Live Sessions”, no qual artistas gravam versões ao vivo de seus hits em frente à câmeras, e ano passado o Spotify introduziu publicidade nesta programação — o que pode ser um problema e até não fazer muito sentido, uma vez que música é o principal serviço oferecido pela plataforma de streaming, então nada garante que os usuários não usarão o programa minimizado, apenas para ouvi-lo, e não vê-lo.

Coincidentemente ou não, em fevereiro deste ano o Spotify revelou a opção de introduzir a letra das músicas na tela do aplicativo — encorajando os usuários a verem, e não só ouvirem, o programa. Este pode ter sido o passo inicial para que os usuários usem também os olhos e não só os ouvidos quando estiveram escutando música no Spotify. [WSJ, VentureBeat, NY Times]

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