Spotify cansa de pagar taxa de 30% à Apple e faz queixa contra a empresa na UE

Cansado de pagar 30% da receita com assinaturas via App Store, a empresa sueca fez uma queixa contra a empresa da maçã junto à UE
Michael Kovac/Getty Images

Depois de uma década de agravamento das relações com a Apple, a gigante do streaming de música Spotify deu nesta quarta-feira (13) o passo extraordinário de apresentar uma queixa formal antitruste à Comissão Europeia, “após tentar, sem sucesso, resolver as questões diretamente” com a empresa, segundo o CEO da companhia sueca, Daniel Ek (foto que abre o post).

A Apple controla o que é permitido em sua loja de aplicativos e como esses programas podem interagir com seus usuários, mas também compete com provedores de streaming de música diretamente, com o seu Apple Music. Essa tensão central dá ao gigante da tecnologia o que Ek chama de “uma vantagem injusta” — seja proibindo aplicativos de promover descontos ou impondo a chamada “taxa da Apple”.

A receita gerada pelos usuários premium que pagam pela versão sem anúncios do Spotify por meio da App Store, de acordo com Ek, estava subsidiando a Apple com 30% dessa taxa. A escala da “taxa Apple”, segundo ele, forçou sua empresa a aumentar os preços acima dos US$ 9,99 por mês pretendidos, ao mesmo tempo em que a própria Apple estava lançando um serviço concorrente a esse preço. Ele ainda alega que esse imposto não é aplicado nem mesmo em toda a loja —destacando a Uber e a Deliveroo como exemplos de empresas isentas do pagamento.

Desde o lançamento em outubro de 2008, o Spotify cresceu sua base de usuários para estimados de 207 milhões, embora só tenha atingido lucratividade no mês passado.

Spotify e Apple já entraram em conflito anteriormente sobre a falha da empresa da maçã em aprovar uma atualização do aplicativo de música. Um caso antitruste semelhante sobre um possível alcance excessivo no jardim murado (conceito de um espaço online em que o usuário tem liberdade limitada sobre o que pode acessar e como) da Apple — Apple v. Pepper — ainda está pendente na Suprema Corte dos EUA.

Entramos em contato com ambas as empresas e atualizaremos a publicação se tivermos uma resposta.

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