Surface Hub 2 é mais uma ótima ideia da Microsoft, mas será que vai vingar?

A Microsoft anunciou nesta terça-feira (15) o Surface Hub 2, e, como muitos outros aparelhos da linha Surface, ele oferece uma visão tentadora do futuro, com dispositivos com belas telas touchscreen e sistemas de colaboração de trabalho super fáceis de usar. Mas, após ver algumas gerações de aparelhos Surface, fico imaginando quando todas essas tecnologias […]

A Microsoft anunciou nesta terça-feira (15) o Surface Hub 2, e, como muitos outros aparelhos da linha Surface, ele oferece uma visão tentadora do futuro, com dispositivos com belas telas touchscreen e sistemas de colaboração de trabalho super fáceis de usar. Mas, após ver algumas gerações de aparelhos Surface, fico imaginando quando todas essas tecnologias fantásticas vão se tornar algo que atenda a todas as expectativas.

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Equipado com uma tela gigante de 50,5 polegadas com resolução 4K+, o Surface Hub 2 é como uma versão gigante do Surface Pro. Ele conta com várias webcams, alto-falantes integrados, microfones de longo alcance e suporte a caneta stylus. Basicamente, no Surface Hub 2, você consegue fazer tudo que já faz no Surface convencional, com a diferença de que se trata de uma tela gigantesca. De fato, você pode inclusive colocar a tela em modo retrato e ainda conectar outros três Surface Hub 2, criando uma tela gigante de computação interativa.

A ideia é que, ao dar as capacidades de um laptop a esse computador com tela gigante, você poderá ser mais produtivo. E, quando você leva em consideração os esforços recentes da Microsoft com o Office 365 para melhorar a edição em tempo real e as configurações de salvamento que transferem cópias sem esforço para todos seus dispositivos — além do melhor compartilhamento de arquivo presente no Windows 10 — , eu tenho certeza que tudo isso seria real. Quer dizer, se esse ambiente mágico de fato existisse.

Mas aí você passa a considerar o histórico do Surface, em todas suas formas. A empolgação que eu senti pelo Surface Hub 2 não foi muito diferente do que senti ao ver a Surface Table, em 2007. Após mais de dez anos, o Surface original prometia revolucionar o entretenimento high-tech, com apps de cassino que poderiam simular mesas de jogo, ou melhorar a indústria alimentícia ao usar um software que lhe permitiria buscar e pedir comida na mesma superfície a partir da qual você iria comer depois.

A Microsoft é a única companhia tentando ideias boa para melhorar o hardware e o software de desktops e laptops. E nós ficamos tirando sarro disso, ao dizer que os PCs são coisa do passado. Enquanto isso, em 8 anos de era do tablet, a maioria de nós ainda usa em nosso trabalho computadores e mac.

Depois de a mesa falhar, o nome Surface foi reciclado para dar nome aos ambiciosos Surface Pro e Surface RT. Embora tenha sofrido alguns anos de embaraço enquanto a Microsoft basicamente inventava o conceito de computadores 2 em 1 destacável, o Surface Book se tornou o chamariz da nova era da computação da Microsoft. Depois do Surface Book, cujas dobradiça e tela reversível são características únicas no mercado, veio o estiloso Surface Studio, que é provavelmente o mais próximo de um computador perfeito para um artista. E, finalmente, o Surface Laptop.

Agora existe toda uma família Surface, e, apesar do sucesso atingindo por alguns desses produtos, não tem nenhum lugar que se pareça com o maravilhoso mundo do Surface prometido pela Microsoft — ou que funcione como ele —, pelo menos não fora de uma loja Microsoft. Você verá um ou outro Surface Pro ali e, talvez, um Surface Laptop. E é isso. Já sobre o Surface Hub original, a Microsoft disse que vendeu cinco mil unidades (muitas indo para o conselho de diretores de companhias listadas na Fortune 100). A ideia do Surface, não importa quão transformadora seja, precisa ainda ser manifestada pelo mundo.

De fato, apesar da vaga menção da Microsoft de que vai testar o Surface Hub 2 ainda neste ano (pois ele deve começar a ser vendido em 2019), não há detalhes sobre o preço, as especificações técnicas e os detalhes do sistema de rotação da tela. No fundo, isso significa que, além dos materiais bacanas mostrados no preview do gadget, tem um monte de detalhes sobre os quais não fomos informados. Mas ó, não me entenda mal, pois, embora eu esteja pessimista de que este aparelho vá ser o que vai aumentar a repercussão da família Surface, eu amo o fato de a Microsoft não ter desistido. A visão está aí, e a Microsoft parece estar cada vez mais próxima de fazê-la acontecer. Só estou frustrado, pois está levando muito tempo.

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