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O Tablet é um ótimo amigo para a sua TV, mas por que ninguém explora isso?

A Samsung acaba de lançar um novo Galaxy Tab de 7 polegadas nos EUA (agora, “Plus”). Ele tem especificações melhores, mas custa US$ 400, e a duas semanas da chegada do Kindle Fire, pela metade do preço ou com o bastante superior iPad 2 a US$ 100 a mais à venda, há poucas chances para […]

A Samsung acaba de lançar um novo Galaxy Tab de 7 polegadas nos EUA (agora, “Plus”). Ele tem especificações melhores, mas custa US$ 400, e a duas semanas da chegada do Kindle Fire, pela metade do preço ou com o bastante superior iPad 2 a US$ 100 a mais à venda, há poucas chances para ele no mercado. Mas o Tabzinho tem uma pequena vantagem que eu não consigo entender por que as empresas como a Samsung não exploram mais: um emissor infra-vermelho.

O detalhe transforma o Tab em um controle-remoto universal gigante e infinitamente mais esperto. O Tab Plus vem com o Peel, um software que permite a você não só controlar todas as coisas que compõem o seu home-theater, mas lê a programação da TV, faz recomendações baseadas na sua preferência, dá lembretes e interage com as redes sociais. O Peel já existe há algum tempo (foi lançado para iPhone ano passado, mas precisava de um adaptador), mas o fato de ele vir pré-instalado e não necessitar de acessórios extras é bastante atraente para o usuário comum. E ele é efetivamente bastante esperto, como nos mostra esse vídeo do DailyAppShow:

http://www.youtube.com/watch?v=bHOK5NYFeI0

De todo modo, não dá para vender o Tab Plus com essa característica em primeiro lugar: US$ 400 para um controlão que navega pela internet e checa e-mails não parece ser um negócio muito bom, dada a concorrência. Mas a Samsung e a Sony (que faz o S1 que tem o mesmo infra-vermelho) têm de perder a vergonha da venda casada e começar a oferecer o tablet ao comprar uma TV nova. Agrega valor ao aparelho mais caro e parece bem mais atraente para o consumidor que o selo de “3D” de hoje em dia. Para ser justo, a Samsung já queimou o estoque do Tab anterior oferecendo ele na compra de uma TV cara. A estratégia foi ridicularizada por muitos, tachada como “desesperada”, diminuindo o valor percebido de ambos, mas é preciso se arriscar mais. Enquanto não houver mais tablets com Android na rua, os desenvolvedores não se verão compelidos a darem mais funções às telas grandes com o robô.

O problema é que as empresas que fabricam TVs estão demasiadamente preocupadas em vender suas “Smart TVs”, que falam no Skype, permitem você dizer o que está vendo no Facebook, acessar coisas como Netflix ou até a conta do banco – funções que não existiam nas TVs antigas porque, bem, há outras coisas melhores para fazer a tarefa. Mesmo nas TVs inteligentes mais novas, a navegação nessas aplicações é infinitamente pior do que o que seria um tablet conectado em fio à TV – um iPad ou um iPhone com uma Apple TV de US$ 99 ligada em uma Viera velha é infinitamente mais “smart” do que as soluções atuais, acredite em mim. Mas aí está o potencial não explorado pela Samsung: tablets com infravermelho eliminam a necessidade de uma Apple (ou Google) TV, e abrem o caminho para uma infinidade de apps específicos para a interface TV-tablet. Afinal, 70% dos donos de iPad usam o tablet quando vêem TV – facilitar a comunicação de ambos os dispositivos pareceria um caminho natural. A Apple não tem uma TV (ainda), então essa sinergia deveria ser melhor explorada por Samsung e Sony. É a única saída para coisas assim fazerem sucesso. Enquanto os dois departamentos dentro dessas empresas gigantes se virem como competidores, elas perderão vendas.

UPDATE: Como alguns lembraram aí embaixo, o infra-vermelho não é necessário se a sua TV tem Wi-Fi. Levantei a vantagem relativa deste Tab porque ele pode controlar mais coisas e é compatível com aparelhos antigos.

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