Lembra daquele supercomputador de 50 milhões de reais que o Inpe comprou para aguçar a previsão do tempo? Pois bem, de lá para cá as coisas só melhoraram para o novo grande cérebro brasileiro: ele foi batizado de Tupã, foi chamado pela revista Nature de "o futuro da previsão de tempo global" e, para completar, foi considerado hoje o 29º computador mais rápido do mundo, colocando pela primeira vez uma máquina do hemisfério sul no top30 dos gigantes da supercomputação. 

  Quando o assunto é supercomputação, o Brasil não é muito famoso por ter máquinas que ocupam várias salas e geram números absurdos. Mas o Inpe decidiu mudar isso, ao adquirir um XT6, da Cray, por cerca de 50 milhões de reais. E no que essa mente brilhante, que atinge 244 teraflops, irá trabalhar? Em previsão do tempo, oras.

Ainda no eco da série especial Tire-me deste Rochedo, procuramos resumir aqui a triste história brasileira na Estação Espacial Internacional (ISS), cuja construção chegou a envolver um consórcio de 16 países. Os fatos ajudam a entender por que a faixa que aparece sob fotos oficiais dos tripulantes das expedições à ISS mudou em 2007 desta: ...para esta:

O pessoal do CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), um braço do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), espera um novo supercomputador para o começo de 2009. Os pesquisadores de lá precisam de um computador bala para usar em modelagem climática (o que imagino que seja alguma coisa a ver, tipo, com previsão do tempo). De acordo com as especificações pedidas, essa belezinha deve chegar a 15 teraflops por segundo, o que será suficiente para colocar o Brasil entre os 10 maiores países com capacidade de ‘modelagem climática’.