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Se você quer ser imune a armas de choque elétrico, basta usar roupas com fibra de carbono

No ano passado, o Bope e o Exército usaram armas de choque – ou tasers – para conter manifestações. E elas devem ser usadas durante possíveis agitações sociais durante a Copa do Mundo. Mas se você está interessado em desobediência civil, o pessoal do Hackaday descobriu que roupas de fibras de carbono podem livrar você […]

No ano passado, o Bope e o Exército usaram armas de choque – ou tasers – para conter manifestações. E elas devem ser usadas durante possíveis agitações sociais durante a Copa do Mundo. Mas se você está interessado em desobediência civil, o pessoal do Hackaday descobriu que roupas de fibras de carbono podem livrar você do choque elétrico.

O procedimento é simples, mas requer duas coisas: 1) tiras de fibra de carbono, que você encontra à venda na internet; 2) “bainha instantânea” – uma fita adesiva especial, usada para fazer bainha sem costura, que cola no tecido usando ferro de passar. Você a encontra em lojas de material de costura, ou também na internet.

Então basta seguir as instruções:

A fibra de carbono conduz eletricidade muito melhor do que a pele humana. Como o material é disposto de forma bem compacta, ele consegue dissipar a carga elétrica sem deixá-la atingir o dono do casaco. E usando fitas, o casaco mantém sua flexibilidade.

Esta técnica poderia ser usado para forrar e proteger de tudo: calças, camisas, luvas e mais. Se você tiver dinheiro o bastante, poderia colocar fibra de carbono no guarda-roupa inteiro. Não é nenhuma armadura, mas parece funcionar.

Tasers no Brasil

O uso de tasers no Brasil é cercado de controvérsias. No ano passado, a Polícia Militar do Distrito Federal devolveu 3.453 pistolas elétricas à fabricante por falta de qualidade. Elas seriam usadas para inibir crimes na Copa do Mundo. Os tasers vieram da Condor Equipamentos Não Letais, do Rio de Janeiro – aparentemente a única empresa nacional que fabrica o produto.

A Condor diz ao Globo que, após os protestos de junho, houve um aumento de 50% nos pedidos de treinamento em armas não-letais, entre julho e outubro do ano passado.

O taser também é usado no controle de viciados em crack. A União gastou R$ 11,7 milhões em armas de eletrochoque, para serem usadas pela Polícia Miliar em cracolândias de todo o país – faz parte do programa “Crack, é possível vencer”. A fabricante, novamente, é a Condor.

O taser é tido como não-letal, mas há diversos casos de morte provocada pela arma – geralmente envolvendo a polícia. Em janeiro do ano passado, um pedreiro morreu em Florianópolis após ser atingido por um arma de eletrochoque. Após inquérito da Polícia Civil, ninguém foi apontado como responsável.

Casos como este não se restringem ao Brasil. Em agosto, um colombiano de 18 anos foi morto em Miami (EUA) após ser atingido por um taser; um policial tentou prendê-lo por grafitar um muro da cidade.

E em 2012, um brasileiro foi morto na Austrália após receber choques de taser da polícia; ele era suspeito de assaltar uma loja. Quatro policiais envolvidos na morte serão acusados de agressão com o agravante de lesão corporal. [Hackaday via Technabob]

Fotos por shenzhen/Hackaday e Alberto Coutinho/GOVBA/Flickr

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