A tecnologia que ajudou a capturar o suspeito dos atentados em Boston

O segundo suspeito dos brutais atentados na maratona de Boston foi detido nesta sexta-feira, depois de cinco dias de incerteza e medo. E enquanto todo o crédito para a captura de Dzhokar Tsarnaev vai para os mais de 9.000 agentes que passaram a última semana tentando encontrá-lo, a tecnologia desempenhou um papel bastante proeminente neste […]

O segundo suspeito dos brutais atentados na maratona de Boston foi detido nesta sexta-feira, depois de cinco dias de incerteza e medo. E enquanto todo o crédito para a captura de Dzhokar Tsarnaev vai para os mais de 9.000 agentes que passaram a última semana tentando encontrá-lo, a tecnologia desempenhou um papel bastante proeminente neste momento de crise.

 

Smartphones

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Imediatamente após a primeira bomba explodir na maratona de Boston, na segunda-feira (15), David Green sacou seu smartphone e tirou uma foto do acontecido, com a fumaça e o caos ao redor. Ele, então, guardou o celular e começou a ajudar as vítimas. Tirar uma foto do que você vê na sua frente – seja um desastre, uma bela vista, ou um prato de comida – tornou-se tão instintivo quanto apenas ver.

O que Green não sabia, e que o mundo logo iria descobrir, era que aquela foto de Green se tornaria a imagem mais nítida de Dzhokhar Tsarnaev, o suspeito n°2 dos atentados. (O primeiro suspeito era Tamerlan, o irmão dele, que foi morto em um confronto com a polícia na madrugada de quinta para sexta.)

Na imagem de alta resolução, você pode ver Tsarnaev caminhando calmamente para longe da explosão, com seu inconfundível boné de beisebol branco. Além disso, a foto do smartphone capturou Tsarnaev sem a mochila que ele transportava mais cedo, quando ele foi visto por câmeras de segurança. Nesta mochila supostamente estaria uma das bombas (foram duas explosões na maratona).

Câmeras de vigilância

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Para iniciar a perseguição dos suspeitos do atentado em Boston, o FBI reuniu o maior número de fotos e vídeos da cena do crime que eles puderam encontrar, para assim reuni-las, entender como tudo aconteceu, e obter uma pista sobre quem fez isso. E claro, as melhores informações sobre os suspeitos vieram dos olhos que tudo veem de uma câmera de vigilância. Especificamente, a câmera de vigilância da loja de departamentos Lord & Taylor, que gravou a segunda bomba que explodiu.

Essa câmera viu Tsarnaev derrubar sua mochila no local da segunda explosão e ir embora. Essas imagens permitiram que o FBI publicasse fotos dos dois suspeitos do atentado, o que ajudou a identificar quem eles eram. Apesar de reclamarmos do Grande Irmão, às vezes isto tem suas vantagens; é difícil se esconder quando você está sendo filmado.

Robô para eliminação de explosivos

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Logo após a explosão, o esquadrão antibombas foi acompanhado por uma Unidade de Neutralização de Explosivos da Marinha americana para procurar todos os outros potenciais explosivos. Com tantos boatos e desinformação circulando através do Twitter, Reddit e outros canais de mídia social, tornou-se crucial determinar rapidamente o que era uma ameaça, e o que era apenas uma mochila. Este robô, ou algum como ele, ajudou a fazer isto.

O Telerob Explosive Ordinance Disposal está em uso desde 2000, e já foi utilizado em mais de 40 países para ajudar a lidar com bombas caseiras e outras ameaças de explosivos. Ele possui um manipulador de seis eixos com alcance superior a 2,5m, um par de câmeras e ferramentas de desarme suficientes para neutralizar quase qualquer ameaça.

Câmeras infravermelho

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Depois que o toque de recolher foi suspenso em Watertown, no subúrbio de Boston, um morador ainda não identificado saiu de casa para desfrutar sua liberdade recém-adquirida. Foi então que ele viu seu barco manchado de sangue, e um homem encharcado de sangue escondido sob a lona. Para confirmar que este lugar era, de fato, onde Tsarnaev estava escondido, a polícia usou um helicóptero equipado com uma câmera FLIR (sensor de visão frontal infravermelho).

Câmeras FLIR estão equipadas com sensores especiais que detectam a radiação infravermelha, tais como a causada por uma fonte de calor – neste caso, criada por uma fonte de calor pertencente a um corpo humano. Pense nisso como a visão do Predador, porém utilizada pela polícia em um helicóptero longe do perigo. Câmeras FLIR têm o benefício adicional de conseguirem ver através de fumaça, neblina e outras barreiras… incluindo lonas.

Granadas flashbang

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Quando a polícia convergiu em torno do barco em que Tsarnaev estava escondido, não estava claro se – ou o quanto – ele estava armado. Para desorientá-lo antes de começarem um possível confronto ou prisão, a polícia usou flashbangs, granadas feitas para atordoar seu alvo com um barulho alto e luz forte.

Flashbangs têm sido usadas ​​em operações militares desde a década de 60, e são conhecidas por quem joga games de tiro. Elas não causam ferimentos graves, mas cegam o alvo por até cinco segundos, e causam perda temporária de audição e equilíbrio. Houve relatos de um pequeno incêndio no barco após a explosão das granadas, o que não é de todo surpreendente, dado que a quantidade de calor que elas geram pode fazer materiais inflamáveis pegarem fogo.


Dzhokhar Tsarnaev foi detido pela polícia na noite de sexta-feira, e está internado em um hospital de Boston; segundo a polícia, seu estado é grave. O FBI continua a investigação sobre as explosões, que mataram 3 e feriram mais de 170 pessoas.

Crédito das imagens: Shawna England, Wiki Commons 1, 2, Shutterstock, AP

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