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Satélite TESS, da NASA, inicia sua busca por planetas distantes

A mais nova espaçonave caçadora de exoplanetas da NASA começou a coletar dados científicos na semana passada, de acordo com um comunicado da agência. • A radiação de Júpiter pode prejudicar nossa busca por vida alienígena na lua Europa • Telescópio espacial Kepler, da NASA, está ficando sem combustível e pode ter pouco tempo restante O TESS, […]

A mais nova espaçonave caçadora de exoplanetas da NASA começou a coletar dados científicos na semana passada, de acordo com um comunicado da agência.

• A radiação de Júpiter pode prejudicar nossa busca por vida alienígena na lua Europa
• Telescópio espacial Kepler, da NASA, está ficando sem combustível e pode ter pouco tempo restante

O TESS, ou Transiting Exoplanet Survey Satellite, é uma missão de dois anos de duração encarregada de examinar os céus em busca de planetas em torno de outras estrelas. Depois do lançamento em abril e de trazer uma incrível primeira imagem do céu, a verdadeira caça começou.

(Cientista de pesquisa da NASA, a Dra. Jessie Christiansen comemorou o início das observações científicas do TESS)

O TESS, que orbita a Terra, irá usar seus instrumentos para medir 200 mil estrelas a 300 anos-luz de nosso Sol. Ele é capaz de espreitar estrelas mais brilhantes e em maior número do que seu antecessor, Kepler e K2 (duas missões, uma só espaçonave).

Ele também será melhor em imagens de exoplanetas orbitando nas zonas habitáveis de estrelas anãs vermelhas como a TRAPPIST-1 e a Proxima Centauri. Alguns cientistas especularam que esses estranhos mundos poderiam abrigar vida extraterrestre.

Cada uma das quatro câmeras CCD de 16,9 megapixels da nave espacial faze imagens de uma área do céu do tamanho de uma constelação média, de acordo com o comunicado da NASA — a programação está aqui. O TESS vai monitorar cada região por 27 dias e, em seguida, passará para a próxima, mapeando 85% do céu, ou seja, 350 vezes mais do que o observado pela Kepler. Os primeiros dados virão em agosto e, em seguida, a cada 13,5 dias (cada órbita).

O TESS é principalmente uma missão de pesquisa. Ele irá criar um catálogo de estrelas próximas, cuja luz se apaga periodicamente, sinalizando a presença de um planeta em órbita. Essas estrelas serão candidatas a observações de acompanhamento por outros telescópios, que poderão determinar suas massas e outras propriedades, como as composições de suas atmosferas.

O Telescópio Espacial James Webb começará a estudar esses exoplanetas. Os cientistas que buscam vida extraterrestre estão mais interessados em encontrar potenciais bioassinaturas, emissões de luz características de moléculas que possam ser indicativas de vida — coisas como compostos orgânicos e água. Provavelmente teremos que esperar até 2040, quando um futuro telescópio terá a capacidade de fazer observações como essas.

Encontrar um exoplaneta habitável será um longo processo, mas um que agora está a todo vapor, graças ao TESS.

[via NASA]

Imagem do topo: NASA Goddard Space Flight Center

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