Teste com realidade virtual determinará se motorista idoso terá licença na Coreia

Com a população mudando rapidamente, número de idosos com carteira de motorista aumentou 300% entre 2008 e 2018

Diferente do que acontece em muitos países, a Coreia do Sul não tem regras rígidas em relação à carteira de motorista de pessoas idosas, a menos que seja comprovado algum tipo de demência.

Entretanto, nesta segunda-feira (29), a polícia do país apresentou um projeto de pesquisa de três anos, que visa contar com o auxílio da realidade virtual (RV), para avaliar se os motoristas com 65 anos ou mais podem permanecer ao volante.

Segundo o jornal Yonhap News, a Agência Nacional de Polícia da Coreia (KNPA) está pressionando pela implementação de licenças condicionais para motoristas idosos até 2025.

Apesar de não ter regras duras para motoristas idosos, no país existem duas medidas para que eles parem de dirigir: o período de renovação de três anos para maiores de 75 anos e a devolução voluntária da carteira de habilitação para maiores de 65 anos.

Mas, para a KNPA, essas medidas não têm sido suficientes, já que o número de acidentes envolvendo idosos é maior que com pessoas mais jovens, além do aumento de pessoas idosas ter crescido 300% por últimos anos.

Os pesquisadores a frente desse projeto enfatizaram questões relacionadas à segurança, destacando que com o avanço da idade, a visão automaticamente vai se deteriorando na maioria dos casos, principalmente em ambientes onde não há luz suficiente, por exemplo, durante a condução noturna.

Dados da polícia da Coreia:

  • O número de acidentes de trânsito causados ​​por motoristas com mais de 65 anos é 1,86 vezes maior do que na faixa dos 30 anos;
  • O número de mortes induzidas causadas pelo grupo de idosos é de 2,75 –o maior entre todos os grupos de idade;
  • Como a população está mudando rapidamente, o número de idosos com carteira de motorista aumentou 300% (de 1 milhão para 3 milhões) entre 2008 e 2018.

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Mas como a RV será usada?

O teste avaliará as habilidades de direção, cognitivas e de memória usando um fone de ouvido de RV. A avaliação funcionará de forma semelhante à tecnologia de realidade virtual usada em clínicas de demência para verificar as funções cerebrais de pessoas mais velhas.

Os detalhes desse experimento ainda não foram divulgados.

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